PACIENTES

Sialodenite provoca diminuição da produção de saliva

Sialodenite provoca diminuição da produção de saliva

A sialodenite provoca dores e aumento da área afetada

As glândulas salivares são importantes elementos para a nossa saúde bucal, uma vez que são responsáveis pela produção da saliva. Contudo, alguns problemas podem atrapalhar seu funcionamento, como a sialodenite.

A sialodenite pode ser diagnosticada e tratada por médicos especialistas em otorrinolaringologia, cirurgia de cabeça e pescoço ou odontologia.

Sialodenite é uma inflamação das glândulas salivares. Esse problema também pode receber o nome de sialadenite ou sialoadenite. Comumente, essa infecção atinge as glândulas salivares parótida, submandibular, sublingual ou menores.

Causas da sialodenite

Em geral, a sialoadenite é causada por bactérias que se alojam no duto salivar, provocando irritações crônicas e obstruindo o duto.

A falta de higiene bucal adequada pode ser responsável pela entrada de bactérias no organismo. Ainda, o problema pode advir de causas não infecciosas, como a xerostomia e a sialotíase.

Xerostomia é a sensação de boca seca ocasionada pela falta de saliva na boca, podendo estar relacionada a alguma deficiência nas glândulas salivares.

Esse sintoma faz com que a cavidade bucal fique mais suscetível ao desenvolvimento de infecções, como as cáries dentárias.

Já a sialotíase consiste na formação de pedras nas glândulas salivares. Essas pedras recebem o nome de sialolitos.

A formação e o desenvolvimento dessas pedras pode se dar tanto pela concentração excessiva de cálcio na saliva.

Além disso, o acúmulo de bactérias e restos de alimentos no duto salivar também é responsável pelo problema.

Grupos de risco

Algumas pessoas apresentam maiores riscos de ocorrência da saliadenite, como:

  • Pacientes com idade acima dos 50 anos;
  • Doentes crônicos com xerostomia;
  • Pessoas com síndrome de Sjögren, uma vez que essa doença autoimune ocasiona a inflamação da glândula salivar;
  • Pessoas que realizam tratamentos com radioterapia na região da boca ou do pescoço;
  • Pessoas que sofrem de anorexia.

Sintomas da sialodenite

Essa infecção das glândulas salivares forma edemas que, posteriormente, podem se tornar dolorosos para os pacientes.

Além disso, ocorre o aumento do volume na região onde se localiza a glândula e a diminuição da produção de saliva.

Ainda, não é raro encontrar casos de mal-estar, febre, calafrio e até o desenvolvimento de abscessos relacionados ao problema.

Diagnóstico da sialodenite

O diagnóstico da infecção depende da análise do quadro clínico apresentado. Além disso, a realização de alguns exames e indicada para comprovação do caso.

Entre eles está a coleta de material proveniente da glândula afetada, além do exame de hemocultura para identificação da bactéria causadora da disfunção.

Exames de imagem, como radiografias, tomografias, ultra-sonografias e ressonâncias magnéticas também podem se mostrar úteis.

Tratamentos da sialodenite

O tratamento da sialoadenite depende do fator causador da doença. Em geral, o uso de antibióticos é indicado para os casos nos quais o problema é infeccioso e causado por bactérias.

Se houver a presença de abscesso, é necessário que se faça a drenagem do mesmo. Do mesmo modo, quando houver a presença de sialotíases, as pedras devem ser retiradas. Assim, poderá ser tratada a doença.

Ainda, caso as pedras voltem a surgir, deverá ocorrer a extração cirúrgica da glândula.

Em casos de inflamação das glândulas salivares por ação da radioterapia, é indicado o uso de antibióticos. Contudo, nesses casos, a inflamação tende a desaparecer espontaneamente.

Se a sialodenite advém de uma doença autoimune, essa doença deve ser tratada primeiramente.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

    Leia também