Alteração no que chamamos de “céu da boca” prejudica a deglutição e respiração
A anatomia da boca influencia em muito mais do que apenas a estética. Alterações anatômicas resultam em uma longa lista de problemas. É o caso do palato ogival.
Nesse artigo, vamos conversar mais sobre o palato ogival e as consequências dessa alteração para o paciente. Para começar, vamos definir essa má formação:
O palato ogival é uma má formação do palato, o famoso “céu da boca”, que fica mais alto do que deveria. Essa alteração não permite, por exemplo, que a língua encoste no palato.
Esse problema gera consequências na respiração e deglutição.
Causa da alteração no palato
Os pacientes com palato alto nascem com essa alteração, que costuma ser diagnosticada após o parto ou nos primeiros meses após o nascimento.
Ele pode ou não vir associado a outros problemas de formação dos ossos da face. Não há uma causa definida para essa alteração, podendo ser uma complicação genética ou hereditária.
Como é o palato ideal?
O palato ideal é formado por duas “partes”: o palato duro e o palato mole. Ambas estão posicionadas em alturas específicas para facilitar a mastigação, respiração, deglutição e até a fala.
Para que você entenda melhor a anatomia, confira os detalhes de cada parte do palato:
- Palato duro: é a parte anterior do palato. É formado pelo osso, ou seja, corresponde a parte esquelética. Por isso é “duro”.
- Palato mole: é a parte posterior do céu da boca. É formado por músculos. Por isso é “mole”. Além disso, é aqui que a úvula palatina fica.
Consequências do palato ogival
Essa alteração oro-facial causa diversas consequências ao paciente. A primeira e mais visível é a alteração na arcada dentária e nos ossos da face. Mesmo sendo a mais aparente, ela não é a pior parte dessa alteração.
Quando o paciente não consegue tocar o céu da boca com a língua, ele tem dificuldades de deglutição.
Isso porque a língua deve encostar no seu da boca cada vez que engolimos, fato que acontece certa de 3 mil vezes durante um dia. Ou seja, o paciente encontrará dificuldade em um dos atos mais comuns do dia a dia.
Outro ponto que sai prejudicado é a respiração. O paciente com palato ogival costuma apresentar respiração bucal, fator que afeta muito a saúde bucal. Nós separamos algumas consequências de se respirar pela boca, confira:
- Mal desenvolvimento dos ossos da face (principalmente quando a respiração oral se inicia na infância);
- Má oclusão;
- Dentes tortos;
- Cáries;
- Gengivite;
- pH bucal ácido;
- Desmineralização do dente;
- Outros.
Tratamento para palato alto
O tratamento para palato ogival costuma se iniciar logo após o nascimento.
O pediatra que fará a primeira avaliação geral pode indicar uma série de profissionais para os pais procurarem: fonoaudiólogos, odontopediatras, otorrinolaringologistas, entre outros.
Isso acontece porque como o palato alto interfere em diversas questões do corpo, não pode ser tratado apenas por um profissional.
É preciso juntar especialidades, conhecimentos e técnicas para que tudo funcione bem e o tratamento seja o mais efetivo possível.
O tratamento pode envolver cirurgias, uso de aparelhos ortodônticos e uma série de técnicas da fonoaudiologia para colaborar que o paciente não tenha problemas antes ou depois de qualquer procedimento!
O mais importante é jamais deixar de procurar tratamento para o caso de palato ogival, não importa quando o diagnóstico for dado!