Muito característica por suas manifestações na pele, a doença afeta também alguns órgãos vitais
Com certeza você já ouviu falar da hanseníase. Causada pela bactéria Mycobacterium Leprae ou bacilo de Hansen (homenagem ao seu descobridor), no passado ela também era conhecida popularmente como lepra.
Assim como em vários outros casos de doenças infectocontagiosas, quanto mais cedo o paciente notar os sintomas e procurar um médico para a realização do diagnóstico, consequências graves da hanseníase podem ser evitadas.
Hanseníase é uma doença infectocontagiosa e crônica que causa manchas na pele de cor parda, esbranquiçada ou vermelha. Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz, os nervos periféricos e tem cura.
Principais Sintomas da Hanseníase
Seus sintomas são muito característicos e fáceis de serem identificados. Entre os mais comuns nos portadores podemos citar:
- Manchas na pele de cor parda, esbranquiçadas ou eritematosas;
- Alteração da temperatura no local afetado pelas manchas;
- Comprometimento dos nervos periféricos;
- Dormência em algumas regiões do corpo causada pelo comprometimento dos nervos;
- Perda significativa da sensibilidade local, que pode levar a feridas e perda dos dedos ou de outras partes do organismo;
- Aparecimento de caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos;
- Pode ainda causar alteração da musculatura esquelética, principalmente a das mãos, o que resulta nas chamadas mãos de garra;
- Infiltrações na face que caracterizam a face leonina;
- Sensação de formigamento;
- Sensação constante de fisgadas nas extremidades.
Caso não seja trata de forma efetiva, pode ainda apresentar:
- Diminuição da força muscular, gerando uma dificuldade para segurar objetos;
- Paralisia das mãos e pés;
- Úlceras crônicas na sola dos pés;
- Cegueira;
- Perda dos pelos das sobrancelhas;
- Surgimento de edema no nariz e nas orelhas.
Muitos conhecem a doença de hansen pela perda de partes do corpo. Porém, todos os sintomas devem ser levados em conta na hora do diagnóstico.
Quais as causas da doença?
A doença possui uma longa e demorada evolução, normalmente de 2 a 10 anos. Dessa forma, é provocada por um bacilo intracelular chamado M. leprae.
Esse bacilo atinge principalmente pele e nervos. O homem é o principal reservatório natural do bacilo, mas também é bastante comum que ele seja encontrado em esquilos, macacos e principalmente tatus.
Sua principal forma de transmissão é a respiratória. Porém, em todos os casos, tanto nos humanos quanto nos animais, a doença é contagiosa.
Como deve ser feito o tratamento da Hanseníase?
Normalmente, os pacientes portadores da doença são tratados com o antibiótico rifampicina, com duração de seis meses no tipo paucibacilar e um ano no tipo multibacilar.
Esse tipo de medicação é fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde e administrada em doses vigiadas nas Unidades Básicas de Saúde. No entanto, sempre sob a supervisão de médicos ou enfermeiros.
A rifampicina elimina 90% dos bacilos. Por isso, é necessário complementar o tratamento com outro tipo de medicamento.
Existem algumas alternativas de fácil acesso e que podem ser tomadas em casa diariamente até que o profissional da saúde indique o fim do tratamento.
Como se manifesta a hanseníase na odontologia?
A saúde bucal em indivíduos com hanseníase é extremamente afetada. Nos casos mais graves, é frequente o aparecimento de lesões orais.
No tipo multibacilar é comum a predisposição a cárie, gengivite e periodontite com perda do osso alveolar e, conseqüentemente, ocorre a perda dental.
A relação de hanseníase e tratamento odontológico tem como principal objetivo avaliar a saúde bucal dos pacientes. Além disso, identificar quais problemas odontológicos se desenvolvem.
Por ser um dos principais meios de infecção e transmissão da M. leprae, a mucosa oral na hanseníase requer cuidado conforme a doença é diagnosticada e identificada em crianças e adultos.