DENTISTAS

Glândula submandibular é a principal glândula salivar

Glândula submandibular é a principal glândula salivar

A glândula submandibular está localizada embaixo do assoalho da boca

A glândula salivar é uma glândula exócrina que secreta saliva e outras substâncias. Existem oito tipos na boca dos mamíferos, que estão espalhadas em pontos estratégicos de estimulação e proteção. Uma delas é a glândula submandibular, que abordaremos neste artigo.

Dos oito tipos, três são grandes e cinco são pequenas. As grandes são: glândula submandibular, parótida e sublingual. As pequenas: labial, vestibular, glossopalatina, palatina e lingual.

Glândula submandibular é uma importante glândula salivar. Ela está localizada embaixo do assoalho da boca. Participa mais de 60% da produção do fluxo salivar não estimulado. Seu recebimento de sangue é feito pelas artérias facial e lingual.

Composição da Glândula

Assim como as outras glândulas maiores, a submandibular é coberta por tecido conjuntivo rico em colágeno. Seu parênquima é constituído por terminações secretoras e por tubos ramificados que se dispõem em lóbulos.

A terminações secretoras contém células secretoras mucosas e serosas e células epiteliais não secretoras. As que secretam possuem um complexo de dutos que alteram a saliva conforme ela é deslocada pela boca.

As células serosas têm atributos parecidos com células polarizadas que secretam proteína. São dispostas para formar uma massa esférica, chamada de ácino, contendo lúmen.

As mucosas, por sua vez, apresentam particularidades de células que secretam muco, abrangendo glicoproteínas. As mioepiteliais situam-se de maneira agrupada à lâmina basal de terminações secretoras e dutos intercalares.

Quando elas se contraem, há uma aceleração do fluxo salivar. No entanto, seu principal objetivo é prevenir a distensão da terminação secretora durante a secreção.

Nas glândulas submandibulares, as células serosas compõem grande parte dela, sendo diferidas das células mucosas por conta do seu núcleo circular e pelo citoplasma basófilo.

Especialmente nos humanos, cerca de 90% das terminações secretoras das submandibulares são acinares serosas. Somente 10% são túbulos mucosos com semiluas serosas.

Células serosas efetuam uma fraca atividade de amilase. As da semilua causam a secreção da lisozima que decompõe a parede de determinadas bactérias por hidrólise.

Inervação da Glândula Submandibular

Suas secreções são controladas diretamente pelo sistema nervoso parassimpático e indiretamente pelo sistema nervoso simpático.

Parassimpático

Abastecida pelo núcleo salivador superior, uma ramificação do nervo facial. O aumento da ação parassimpática eleva a produção de saliva.

Simpátio

O simpático é responsável por harmonizar as secreções submandibulares através da contração dos vasos sanguíneos das artérias que o irrigam.

Quanto mais atividade simpática, menor o fluxo sanguíneo na glândula. Dessa forma, reduz a quantidade de secreção salivar.

Glândulas submandibulares e sialolitíase

Sialolitíase é conhecida pela formação de pedras nos dutos das glândulas salivares, obstruindo-os. Ela também é denominada como cálculo salivar.

Ela aparece por conta da deposição de sais de cálcio, o que a calcifica.

As glândulas submandibulares inflamadas por sialolitíase são muito comuns. Isso ocorre muito pelo tipo de saliva que ela produz e pelo caminho sinuoso do duto submandibular.

Seus sintomas são:

  • Aumento do volume da glândula;
  • Sensibilidade;
  • Protuberância dura que pode ser palpável;
  • Redução do fluxo salivar.

Para diagnosticar esse problema, o dentista irá fazer uma examinação clínica, apalpando o local. Além disso, pode requisitar exames complementares para ver a qualidade da saliva.

Para tratar a glândula submandibular acometida, o paciente terá de realizar alguns procedimentos que dependerão da gravidade do distúrbio. Eles podem ser por estimulação e hidratação, sialenodoscopia ou intervenção cirúrgica. O uso de antibióticos também se faz necessário.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

    Leia também