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Diverticulose esofágica dificulta a deglutição e causa mau hálito

Diverticulose esofágica dificulta a deglutição e causa mau hálito

A diverticulose esofágica normalmente não precisa de tratamentos, mas é importante consultar um especialista

Uma afta ou uma bolha na garganta pode resultar em efeitos parecidos com a diverticulose esofágica. Por isso, é fundamental que seja feito o correto diagnóstico para saber como será o recurso terapêutico.

Neste artigo, será abordado tudo o que você precisa saber sobre a diverticulose esofágica.

A diverticulose esofágica é um distúrbio que faz surgir pequenas bolsas, também conhecidas como divertículos, na região entre a boca e o esôfago.

Sintomas da diverticulose esofágica

Os principais sintomas da diverticulose no esôfago são:

  • Dificuldade na deglutição;
  • Sensação de algo preso na garganta;
  • Tosse contínua;
  • Dor de garganta;
  • Perda de peso;
  • Mau hálito.

A intensidade dos sinais varia de acordo com a gravidade do problema.

Os divertículos podem aumentar de tamanho. Assim, a obstrução da garganta seria maior, por exemplo, o que aumentaria o incômodo e a dificuldade de engolir.

Diagnóstico da diverticulose no esôfago

O diagnóstico da diverticulose esofágica é normalmente feito pelo otorrinolaringologista e pelo gastroenterologista. No entanto, em virtude do mau hálito, o dentista pode ser fundamental na descoberta da disfunção.

É possível identificá-la por meio de dois exames, a endoscopia e o raio X.

  • Endoscopia: é introduzido pela boca até o estômago um pequeno tubo flexível com uma câmera em sua extremidade. Dessa forma, o profissional consegue observar se há a presença de divertículos no esôfago;
  • Esofagografia: o paciente ingere um contraste durante a realização da radiografia, possibilitando que o especialista verifique a deslocação do líquido. Isso fará com que ele possa reconhecer os divertículos devido à mudança na trajetória do fluido;
  • Manometria esofágica: o medico coloca um tubo na garganta do paciente para medir as contrações do esôfago, constatando se existe espaço suficiente para a passagem de alimentos.

Tratamento da diverticulose esofágica

Normalmente, a diverticulose só incomoda um pouco o paciente, mas não evolui para um quadro mais grave. É habitual que ela desapareça dentro de alguns dias.

Por isso, é indicado apenas que ele hidrate-se bastante, mastigue bem os alimentos e durma com a cabeça levemente elevada durante a noite.

Entretanto, se a pessoa apresentar algum problema maior, como grande dificuldade para engolir, o tratamento da diverticulose será através de uma abordagem médica mais incisiva.

Ou seja, uma intervenção cirúrgica que irá extrair o divertículo. Ressaltamos que a cirurgia só é feita em casos específicos, já que pode gerar consequências para o paciente.

Sobre o mau hálito e a diverticulose esofágica

Como mencionamos, um dos sintomas da diverticulose esofágica envolve o mau hálito, que é o cheiro desagradável exalado pela boca de alguém.

Como a pessoa passa a ter uma complicação na hora de ingerir algo, ela passa a evitar tomar água, deixando a boca seca. Isso estimula a proliferação de bactérias, que causa a halitose.

Então, é importante beber água porque ativa a salivação e enxágua a boca, eliminando boa parte dos microrganismos que estavam ali.

Diferença de diverticulose para diverticulite

A diverticulite é uma complicação da diverticulose, ocorrendo no instante em que os divertículos ficam inflamados.

Essa situação pode provocar perfuração ou abscessos. Ela acontece no intestino, quando contamina a cavidade abdominal com fezes. Portanto, fique tranquilo, a diverticulose esofágica não está ligada com a diverticulite.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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