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Aparelho pêndulo é tratamentos para oclusão de classe II

Aparelho pêndulo é tratamentos para oclusão de classe II

O aparelho pêndulo é constituído por botão de Nance, molas de TMA e grampos de apoio

A oclusão dentária é o encontro da arcada superior com a inferior. Em geral, os dentes superiores são maiores que os inferiores, o que permite o encaixe ideal. Qualquer desordem nessa condição é chamada de má oclusão, que é divida em três classes. Em especial, a de classe II pode ser tratada pelo aparelho pêndulo.

O aparelho pêndulo foi idealizado por James Hilgers. Então, é muito comum o dispositivo ser chamado de pêndulo de Hilgers também.

O objetivo do aparelho pêndulo é realizar a distalização de molares superiores. Ele é composto por três peças: botão de Nance, molas de TMA e grampos de apoio.

Antes de explicarmos para que serve cada parte do aparelho, iremos apresentar os tipos de oclusão.

Tipos de oclusão dentária

A oclusão garante o funcionamento das atividades da cavidade bucal, como a mastigação, a fonética e a deglutição. Assim, quem possui os dentes desalinhados deve procurar o dentista para reabilitar a saúde bucal.

Classe I

Esse tipo é considerado o correto. Os dentes da arcada dentária superior são maiores que os da inferior, possibilitando o encaixe adequado.

Classe II

É considerado um tipo de má oclusão. Os dentes superiores são muito maiores que os inferiores. Dessa forma, há um avanço do osso maxilar.

Classe III

Ao contrário da oclusão de classe II, a de classe III está relacionada com os dentes inferiores, que se apresentam maiores. Por isso, ocorre o avanço da mandíbula.

Sobre as peças do aparelho pêndulo

O pêndulo é constituído por botão de Nance, molas de TMA e grampos de apoio.

Botão de Nance

A função do botão de Nance é efetuar a ancoragem.

Suas bordas arredondadas se alongam sobre o palato, postando-se a pelo menos 5 mm de distância dos dentes superiores. Isso impede que a mucosa seja machucada e favorece a higienização.

Molas de TMA

As molas de TMA possuem 0,032″ de diâmetro e estão acopladas ao botão de Nance. São feitas de hastes de retenções que podem ser reajustadas durante o tratamento.

Se posicionam na porção distal do botão de acrílico, acompanhando a curvatura do palato. Sua disposição faz com que ela forme um arco de ativação pendular aos dentes molares superiores.

É habitual que o movimento dos molares para sua posição distal resulte na mordida cruzada. Por essa razão, existem alças de ajuste que acomodam os dentes para seu novo lugar.

Além disso, ainda há uma espécie de dobra de encaixe, que funciona igual a existente na barra transpalatina, ficando presa aos tubos linguais de 0,36″ do aparelho.

Grampos de apoio

Os grampos de apoio são fios de aço de 0,036″. Abrangem do botão de acrílico até os primeiros pré-molares. No entanto, para aumentar a ancoragem, pode ser agrupado aos segundos pré-molares.

É possível que ele seja colado diretamente aos dentes ou que seja fixado através das bandas.

Ações do aparelho pêndulo

O aparelho executa uma força suave e contínua. Primeiramente, ele deve expandir o arco dentário por meio das alças de ajuste das molas de TMA.

Mas durante essa função, elas acabam restringindo a expansão somente ao segmento posterior. E para corrigir esse problema, um parafuso expansor foi instalado ao aparelho, passando a se chamar Pendex.

Portanto, agora, pode-se diminuir a atresia maxilar e descolar o molar para sua posição correta. Entretanto, se o arco for muito estreito, deverá ser colocado mais um adereço, um outro fio de aço.

Ele cruzará o céu da boca e ligará as duas extremidades do arco, sendo preso por meio de solda às bandas. Essa nova composição recebe o nome de T-Rex. Logo, os pêndulos de Hilgers são adaptáveis para situações distintas.

Em resumo, o aparelho pêndulo é utilizado para oclusões dentárias de classe II. Dependendo do quadro clínico, ele pode ser adaptado com um parafuso expansor, quando recebe a titulação de Pendex, e com um fio de aço que atravessa o palato de um ponta a outra, denominando-se T-Rex.

ACESSO RÁPIDO
    Rodrigo Venticinque
    Rodrigo Venticinque é graduado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e especialista em Prótese e Reabilitação Oral Integrativa, Biofísica Quântica, Biorressonância Aplicada e Ortomolecular. Possui pós-graduação em Estética Dental e Reabilitação Oral, com certificação em Remoção Segura da Amálgama e Odontologia Biológica pela Academia Internacional de Medicina Oral e Toxicologia. Também é professor de pós-graduação em Biofísica e Ortobiomolecular da QuantumBio e atua nas áreas de Ozonioterapia, Odontologia Sistêmica, Sedação Consciente com Óxido Nitroso e Hipnose. Além disso, Rodrigo possui registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 52860 e é diretor da Clínica Venticinque Odontologia Biológica e Integrativa, que fica na Rua dos Chanés, 505 - Moema, São Paulo - SP.

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