O ameloblastoma multicístico muitas vezes é descoberto em exames de rotina
O ameloblastoma é um tumor benigno que surge no osso mandibular. Geralmente, seus sintomas só aparecem depois de um tempo, quando a neoplasia está mais desenvolvida. Por essa razão, é comum que o diagnóstico do ameloblastoma multicístico não aconteça de maneira precoce.
De todos os ameloblastomas, o ameloblastoma multicístico é, de longe, o que mais possui ocorrências. Em segundo lugar fica o ameloblastoma unicístico, seguido do periférico – que é bem raro.
O ameloblastoma multicístico é o mais grave dos três, já que ele pode facilmente se infiltrar nas trabéculas ósseas. O tumor é assintomático e de crescimento demorado. Dessa forma, ele pode crescer sem que o paciente sinta dor ou qualquer outro incômodo.
O problema começa a se manifestar a partir dos 30 anos de idade, sem ter um gênero preferido.
Como o Ameloblastoma Multicístico se Apresenta?
Na radiografia, o ameloblastoma sólido convencional, como também é chamado, apresenta-se por meio de uma região radiolúcida, multiocular e com margens não muito bem definidas.
Lembra, por exemplo, um favo de mel. Nos dentes que encontram-se ao lado do tumor, frequentemente há reabsorção de raiz e aumento de cortical ósseo.
Causas do Ameloblastoma Sólido Convencional
Em determinadas situações, o terceiro molar, popularmente conhecido como dente do siso, é o responsável por gerar esse ameloblastoma.
No entanto, os dentes inclusos não são o único motivo. A etiologia do problema, na verdade, não é muito bem conhecida.
Divisão do Ameloblastoma Multicístico
O ameloblastoma intraósseo multicístico pode ser dividido nos seguintes tipos:
- Folicular;
- Plexiforme;
- Acantomatoso;
- De células granulares;
- De células basais;
- Desmoplásico.
Mas as divisões folicular e plexiforme são as mais recorrentes.
Tratamento do Ameloblastoma Multicístico
O tratamento do ameloblastoma varia de acordo com a gravidade do problema, existindo duas abordagens: a conservadora e a invasiva.
Técnica Conservadora
A técnica conservadora baseia-se num procedimento duplo, a enucleação seguida de curetagem.
A enucleação é uma manobra que retira totalmente o cisto. Normalmente, ela é recomendada quando não existe o risco de remanescer alguma parte do cisto.
Em situações mais específicas, pode ser que o dentista tenha que fazer um enxerto ósseo no paciente, caso o tumor tenha acometido parte do osso.
Depois da enucleação, o profissional realiza a curetagem, que serve para remover possíveis restos do cisto.
Técnica Invasiva
O tratamento cirúrgico de ameloblastoma multicístico dentro do método invasivo funciona através da ressecção marginal.
Essa técnica age de maneira parecida com a enucleação, mas, agora, retirando também uma margem de segurança. Ou seja, além da lesão, cerca de 1 a 1,5 cm de tecido é extraído.
Comparando as duas técnicas, a conservadora permite que existe chances maiores do tumor ressurgir no futuro, pois trabalha somente com a remoção da neoplasia em si, sem danificar os tecidos adjacentes.
Outros Ameloblastomas
Fora o multicístico, existem outras duas espécies de ameloblastoma, o unicístico e o periférico.
- Ameloblastoma unicístico: fragmenta-se em três tipos. Do mais grave ao menos: mural, luminal e intraluminal;
- Ameloblastoma periférico: é o mais raro. Aqui, o tumor atinge apenas os tecidos, sem interferir nos ossos.
Então, sempre que você notar algo de diferente na cavidade bucal, não deixe de procurar o dentista. O ameloblastoma multicístico é descoberto na maioria das vezes durante exames de rotina.