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Tumor raro, ameloblastoma provoca poucos sintomas

Tumor raro, ameloblastoma provoca poucos sintomas

Saiba as causas, sintomas e como é tratado o ameloblastoma

É um dia normal como qualquer outro, você realiza uma consulta de rotina e seu dentista diz que foi detectado um ameloblastoma na sua boca.

Calma, não precisa se apavorar. Apesar do nome complicado, o ameloblastoma não coloca sua vida em risco, mas é claro, deve ser combatido.

O ameloblastoma é um tumor bastante raro, que cresce nos ossos da boca, no maxilar e principalmente na região da mandíbula. Normalmente ele só apresenta sintomas quando está bastante desenvolvido, o que dificulta a identificação da anomalia de maneira precoce.

Os sintomas incluem inchaço facial e dificuldade para movimentar a boca.  Quando esses sintomas não são tão agressivos, é comum que o tumor seja detectado apenas durante exames de rotina, como um raio X ou ressonância magnética.

Em geral, o tumor é benigno, e costuma se manifestar majoritariamente em homens com idades entre 30 e 50 anos. Contudo, existem casos em que a doença aparece em mulheres e também antes dessa idade.

Como dito, o tumor odontogênico não coloca a vida do paciente em risco. Porém, conforme cresce, aos poucos, deteriora os ossos da mandíbula. Por isso, o tratamento e a remoção devem ser realizados o quanto antes.

Sintomas do ameloblastoma

Em boa parte dos casos, esse tumor não apresenta sintomas e se desenvolve sorrateiramente.

No entanto, algumas pessoas podem apresentar, além de inchaço facial e dificuldade na movimentação da boca, os seguintes sintomas:

  • Deslocamento anormal de um ou mais dentes;
  • Hemorragia bucal;
  • Um leve formigamento no rosto.

O interessante é que os sintomas não costumam vir acompanhados de nenhuma dor, o que dificulta ainda mais a identificação do problema.

Diagnóstico do ameloblastoma

São realizados exames de raio X ou tomografia computadorizada. Uma vez que é detectado o tumor, o paciente é encaminhado para um odontologista especialista na área.

Para descobrir a natureza do problema, é realizada uma biopsia no laboratório com células extraídas do tumor.

Tipos de ameloblastoma

Existem 3 tipos de ameloblastomas que ocorrem com maior frequência, sendo eles:

  1. Unicístico – caracteriza-se pela presença de ameloblastoma internamente a uma cápsula cística, ou seja, dentro de um cisto. Pode ser de três tipos, que são o ameloblastoma luminal, ameloblastoma intraluminal e ameloblastoma mural. Costuma crescer na mandíbula, principalmente na região posterior e associada à coroa de um dente incluso.
  2. Multicístico –  é o tipo de ameloblastoma mais comum. Pode ser do tipo folicular e plexiforme, sendo este último o mais freqüente e menos agressivo. Geralmente localizam-se na mandíbula, especialmente na região dos molares.
  3. Periférico –  É o caso mais raro entre todos. Ameloblastomas dessa natureza afetam apenas os tecidos, não prejudicando os ossos.

Como é feito o tratamento?

O tratamento deve ser orientado por um odontologista. Geralmente, é feito através de um procedimento cirúrgico para a retirada do tumor, parte do osso que foi afetada e algum do tecido saudável, evitando que o tumor cresça outra vez.

Fora isso, o médico também pode indicar a realização de radioterapia para eliminar células tumorais que possam ter ficado na boca ou para fazer o tratamento de tumores muito pequenos que não necessitam de cirurgia.

Em casos mais graves de ameloblastoma, em que é necessário remover um pedaço muito grande do osso, o odontologista pode fazer uma reconstrução da mandíbula para manter a estética e funcionalidade dela.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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