CLÍNICAS

Enxerto conjuntivo subepitelial é usado na periodontia

Enxerto conjuntivo subepitelial é usado na periodontia

O procedimento trata a retração gengival e melhora a aplicação de implantes

Ter uma boca saudável e um sorriso bonito é o sonho de todos. Na periodontia, ciência que estuda as doenças do sistema de implantação e suporte dos dentes, o enxerto conjuntivo subepitelial tem tratado defeitos do tecido mole na gengiva para questões estéticas e de implantodontia.

O enxerto conjuntivo subepitelial foi criado em 1980 por Langer e Calagna com o intuito de corrigir deformidades no rebordo alveolar e na cirurgia plástica periodontal. Ou seja, no processo de tampar a superfície da raiz exposta do dente. Mas, afinal, como podemos definir esse procedimento?

Enxerto conjuntivo subepitelial é um procedimento capaz de aumentar o metabolismo do sítio receptor (local da gengiva), aumentando a quantidade de gengiva ceratinizada.

Além disso, o procedimento reconstrói áreas de recessão gengival, deficiência no rebordo alveolar (estrutura anatômica que aloja as raízes dos dentes), perda de papila interdental, entre outros exemplos.

Características do Enxerto Conjuntivo Subepitelial

Normalmente, o tecido conjuntivo é retirado do palato e enxertado no tecido gengival. Importante ressaltar que é necessário ter conhecimento das estruturas anatômicas palatinas para que a remoção do tecido tenha êxito.

Dessa forma, favorecendo o suporte sanguíneo e minimizando a probabilidade do tecido necrosar.

Após o tecido conjuntivo ser retirado, é feito uma incisão horizontal na superfície vestibular da gengiva, preservando a altura da papila gengival.

Depois, a partir da linha da incisão, são feitas duas incisões verticais divergentes que vão além da junção mucogengival. O enxerto de tecido conjuntivo é posicionado na região escolhida e costurado de maneira simples.

Por fim, um retalho mucoso é suturado para cobrir o tecido retirado do palato.

O nome desse procedimento é chamado de “Enxerto de Tecido Conjuntivo Livre” coberto com retalho reposicionado coronariamente.

Outra forma de recobrir a gengiva é chamada de “técnica do envelope”. Primeiro, o epitélio sulcular é retirado para dar lugar ao enxerto.

Depois, incisões, de 3 a 5 milímetro de profundidade, são feitas em volta da região e dão a forma de um envelope. Após a preparação, o enxerto é inserido no corte de modo a cobrir o local a ser regenerado.

Costuras são feitas para manter o enxerto conjuntivo. É preciso realizar pressão durante 5 minutos para adaptá-lo ao local da gengiva.

Técnicas de Remoção do Enxerto Conjuntivo Subepitelial

Existem algumas técnicas para retirar o enxerto conjuntivo subepitelial do palato. Confira:

Técnica do Alçapão

Essa técnica de remoção do tecido conjuntivo do palato consiste em fazer uma incisão reta de 3 milímetros no contorno gengival palatino da área pré-molar.

Em seguida, são feitas duas incisões perpendiculares de cerca de 2 milímetros na direção da rafe mediana.

Assim, um lado continua ligado ao palato. O alçapão é levantado e o tecido conjuntivo subepitelial é retirado. Por fim, as três incisões realizadas são suturadas e, com o tempo, cicatrizadas.

Técnica de Bruno

É uma versão modificada da técnica de Langer, criada em 1994.

Consiste em fazer uma incisão perpendicular ao longo eixo dos dentes, que se aprofunda até o contato ósseo e a 2 ou 3 milímetros do rebordo gengival, aproximadamente.

Em segunda, um segundo corte paralelo é feito entre 1 e 2 milímetros de distância do anterior – visando a espessura desejada para o enxerto – e se aprofunda até o contato com o osso.

Todo o enxerto é retirado por um extrator fino. O tecido é analisado e a camada epitelial é removida. Finalmente, as incisões são costuradas.

A vantagem dessa técnica é ter a oportunidade de obter toda a espessura do enxerto disponível e por ter um pós-operatório mais tranquilo para o paciente.

Gostou de conhecer mais sobre o enxerto conjuntivo subepitelial? Continue conferindo o site da Simpatio para saber mais sobre os procedimentos odontológicos!

ACESSO RÁPIDO
    Silmara Alves Rozo Ducatti
    Silmara Alves Rozo Ducatti é cirurgiã-dentista graduada pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e especialista em Ortodontia pelo Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (SIOMS). Possui registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 121811 e integra a equipe odontológica da RD Design Oral, que fica na Alameda Grajaú, 98 - sala 1207 - Alphaville, Barueri - SP.

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