A doença pode se manifestar em diversas partes do nosso corpo, inclusive na cavidade oral
É extremamente comum que um dentista descubra algum tipo de hiperplasia oral em seu paciente durante uma consulta de rotina. Afinal, essa anomalia é bastante recorrente no meio odontológico.
O interessante é que, diferentemente das lesões neuroplásticas, a hiperplasia não possui crescimento autônomo. Assim, o seu processo evolutivo pode ser interrompido uma vez que seu agente causador é removido.
Hiperplasia é o aumento desgovernado do número de células presentes em algum órgão ou tecido. A anomalia pode ser classificada como patológica ou fisiológica.
Quando ela se caracteriza como patológica, é comum que o fator causador seja o estímulo de algum agente em excesso em nosso organismo.
Já quando a doença possui origem fisiológica, é normal que ele surja a partir de uma tentativa das células em atender alguma necessidade de nosso organismo.
Um exemplo recorrente é o que ocorre com as glândulas mamárias durante a gravidez.
Agora que você está por dentro do assunto, deve estar se perguntando: tudo bem, mas onde é que as hiperplasias se relacionam com a odontologia?
Bom, a resposta é simples! Existem algumas variações da doença que podem se apresentar em nossa cavidade bucal. Sendo assim, ocorre uma ligação direta entre a hiperplasia e a odontologia.
Então vamos conhecer as principais formas de manifestação dessa anomalia em nossa boca.
Hiperplasia gengival
Aqui encontramos a principal forma de manifestação da hiperplasia na odontologia. Hiperplasia gengival consiste no crescimento exagerado das gengivas, chegando a cobrir a coroa dentária nos dentes inferiores ou superiores.
Em epiléticos, essa condição costuma ser bastante comum e também em crianças. Porém, em relação ao restante da população, ela pode afetar pessoas de todas as idades ou sexos.
A hiperplasia da gengiva pode agir em grande ou pequena escala. Nos casos mais graves, provoca dor e desconforto para o paciente, além de interferir na fala e na mastigação.
Geralmente a doença é causada por alguma infecção bacteriana, reação medicamentosa ou algum trauma ou ferida sofrido na região das gengivas.
Hiperplasia papilar
Trata-se de uma anormalidade que afeta o nosso palato duro. Acaba sendo bastante notável, uma vez que o palato duro compõe estruturalmente o céu da boca.
O interessante é que a doença é frequentemente ligada ao uso excessivo ou prolongado de uma dentadura. A má higienização do acessório e até mesmo a má adaptação podem ser considerados fatores desencadeadores.
Hiperplasia fibrosa inflamatória
Esse tipo de hiperplasia é decorrente de um processo proliferativo não neoplásico. Ela é evidenciada através de uma origem inflamatória, proveniente de agentes físicos ou até mesmo traumas bucais.
Esse tipo de lesão é mais frequente em idosos, uma vez que, assim como a hiperplasia papilar, também está ligado ao uso recorrente de dentaduras.
Entretanto, essa anomalia pode ter como fator etiológico arestas de dentes cortantes, má higiene bucal, diastemas e inúmeros outros.
O seu principal sintoma envolve o crescimento desgovernado das células epiteliais da camada espinhosa, o que pode levar ao surgimento de múltiplas projeções papilares nessa superfície.
Assim, na maioria dos casos desse tipo de hiperplasia, o recomendado é que seja realizada uma remoção cirúrgica com uma certa margem de segurança.