Higiene bucal em pacientes internados evita infecções como pneumonia
Manter a higiene bucal é essencial para prevenir doenças como a cárie. A escovação e o uso do fio dental são ações que devem ser realizadas diariamente e estar incluídas na rotina do paciente hospitalizado.
É comum dar atenção à saúde geral do paciente hospitalizado e esquecer de cuidados básicos como a higiene da boca. Porém, estudos mostram a importância desses hábitos e como eles precisam ser mantidos, principalmente dentro de hospitais.
O paciente hospitalizado que possui uma boa higiene oral e fica longe de doenças bucais têm menos risco de contrair infecções hospitalares. Por isso, quando a saúde bucal é negligenciada, bactérias são aspiradas e chegam ao pulmão, desencadeando uma série de doenças como a pneumonia.
Diversos estudos mostram que pacientes internados tendem a apresentar uma higienização dos dentes deficiente. Principalmente em comparação aos que ficam apenas nos ambiente ambulatoriais.
O recomendado é que, independente da alimentação ou local, o paciente hospitalizado escove seus dentes pelo menos três vezes ao dia. Além disso, o uso do fio dental também é imprescindível nessas situações.
Pacientes internados na UTI
Nos casos de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que muitas vezes se encontram desacordados e impossibilitados de realizar a escovação e limpeza sozinhos, é preciso ainda mais atenção.
É bastante comum que pacientes hospitalizados não recebam a higienização bucal adequada. A justificativa está na falta de conhecimento de técnicas da equipe da terapia intensiva.
Por isso, é necessário incluir neste tipo de internação, protocolos de higiene oral e a presença de profissionais da área. É preciso que sejam especializados e possam realizar os procedimentos adequados.
Há casos de pacientes que apresentam problemas bucais relacionados aos processos inflamatórios, infecciosos e de dor durante a internação na UTI. Nestas situações, apenas o cirurgião-dentista pode executar as condutas clínicas, pois são referentes à sua formação profissional.
Exemplos de ações realizadas por dentistas na UTI:
- Anestesias odontológicas;
- Extrações dentárias;
- Raspagem supragengival;
- Ajustes de próteses dentárias;
- Traumas de aparelhos ortodônticos;
- Laserterapia;
- Biópsias de lesões na cavidade bucal.
Riscos da falta de higiene bucal em hospitais
Negligenciar a limpeza bucal pode desencadear periodontites, gengivites, otites, rinofaringite crônicas e xerostomia, potencializando focos de infecções propícias à pneumonia nosocomial.
Essa complicação tende a agravar o quadro dos pacientes, principalmente se forem idosos.
Os pacientes que demandam de cuidados intensivos se encontram com a boca aberta devido à presença do tubo orotraqueal (TOT) na cavidade bucal, com isso, ocorre à desidratação da mucosa oral.
Os pacientes que se encontram neste estado, aumentam a formação da saburra lingual no dorso da língua. O que é provocado pela diminuição da produção de saliva.
Essa condição favorece o desenvolvimentismo de diversos componentes voláteis de enxofre e causam mau hálito.
Diante de todas essas consequências, vimos como é importante a higiene dos tecidos da cavidade bucal, incluindo: dentes, gengivas e língua.
Os cuidados com a higiene oral no paciente hospitalizado são recomendados não só para que se diminuam as infecções, mas também para diminuir o tempo de internação, reduzindo os custos hospitalares.