PACIENTES

Hepatite C exige cautela em consultórios odontológicos

Hepatite C exige cautela em consultórios odontológicos

Descubra como procedem os dentistas quando os pacientes são portadores de hepatite C

A hepatite C é um dos 3 tipos mais recorrentes da doença e é considerada por muitos profissionais como a mais agressiva ao nosso organismo.

O curioso é que a anomalia dificilmente apresenta sintomas. Assim, alguns indivíduos só descobrem que estão contaminados pela hepatite C quando realizam uma doação de sangue ou um exame de rotina.

Hepatite C é uma doença viral que ocasiona a inflamação do fígado. Quando crônica, ela pode conduzir à cirrose, insuficiência hepática e cancro.

Hepatite C é silenciosa

A anomalia raramente apresenta algum sinal ou sintoma de que está se desenvolvendo no organismo da pessoa. Por isso, esse tipo de hepatite também é conhecido como “epidemia silenciosa”.

Assim, os infectados não apresentam qualquer evidência da enfermidade, tendo a falsa impressão de que sua saúde está em perfeitas condições por um período de até 20 anos.

Isso facilita bastante a propagação da doença. Não é a toa que o número de pacientes com infecção crônica vem aumentando no mundo todo.

A disfunção é causada pelo vírus C e sua transmissão ocorre através do contato da pessoa com sangue contaminado. Acompanhe os principais meios de transferência do vírus:

  • transfusão sanguínea;
  • acidentes com material contaminado;
  • compartilhamento de drogas injetáveis.

Ainda existem casos bem raros onde o compartilhamento ocorre de mãe para filho. Essa situação representa apenas 5% dos casos e ocorre durante o parto.

A transmissão sexual também pode ocorrer, mas é pouco frequente. Pesquisas já identificaram a presença do vírus C na saliva.

Entretanto, é pouco provável que a transmissão ocorra através do beijo, ao menos que existam feridas na boca dos indivíduos.

Sintomas e tratamento da hepatite C

Apesar da doença muitas vezes ser assintomática, quando o quadro é mais agressivo alguns sintomas podem aparecer, como:

  • dor abdominal;
  • sangramento no esôfago ou estômago;
  • urina escura;
  • febre;
  • fadiga;
  • náuseas e vômitos;
  • perda de apetite.

O interessante é que nem sempre é necessário a realização de um tratamento específico. O médico é quem ficará encarregado de definir se o caso exige terapia ou não.

Contudo, em algumas situações será necessária uma intervenção para evitar complicações futuras. Assim, o tratamento de hepatite C envolve uma combinação variada de medicamentos antivirais.

Essas substâncias devem ser consumidas ao longo de diversas semanas, visando eliminar totalmente o vírus do organismo do paciente.

Hepatite C e saúde bucal

Agora iremos tratar um pouco sobre a relação entre a hepatite C e a nossa saúde bucal. Para isso, é fundamental compreender como o dentista deve proceder em casos que o paciente seja portador do vírus C.

Para começar, é essencial que o profissional conheça os sinais e sintomas dessa infecção. Dessa maneira, em caso de qualquer suspeita ele pode encaminhar o paciente para uma área especializada.

Fora isso, é essencial que o dentista siga todas as normas de biossegurança corretamente. Ele está em contato direto com dezenas de pessoas por dia, o que facilita uma possível contaminação.

Assim, é muito importante que o profissional proteja si mesmo, sua equipe e o próprio paciente durante a realização de qualquer procedimento, visando manter a hepatite C bem longe de seu consultório.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

    Leia também