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Excisão cirúrgica pode ser usada no tratamento do câncer bucal

Excisão cirúrgica pode ser usada no tratamento do câncer bucal

A excisão cirúrgica é uma das opções terapêuticas para tratar tumores na cavidade bucal

O tratamento odontológico, infelizmente, não se resume a aparelho ortodôntico ou a limpezas de rotina. Algumas circunstâncias exigem tratamentos mais invasivos, como a excisão cirúrgica, para reabilitar a saúde bucal.

Quando falamos em procedimentos cirúrgicos, é comum um certo receio por parte dos pacientes. Mas nem todo é assim. No caso da excisão cirúrgica, por exemplo, a técnica é relativamente simples.

Em síntese, a excisão cirúrgica é a remoção de uma lesão através do corte da pele ou da mucosa que a circunda. Esse tipo de procedimento pode ser usado tanto para remover lesões benignas quanto malignas.

O que é excisão cirúrgica?

Como vimos, a excisão cirúrgica é um procedimento que remove lesões malignas e benignas por meio do corte realizado ao seu redor.

Esse tipo de procedimento é considerado a principal opção terapêutica para o câncer de pele, por exemplo, que consiste na remoção tanto da lesão quanto das margens lateais do tecido sadio, para evitar recidiva.

No entanto, a excisão também é amplamente utilizada na área odontológica, especialmente para o tratamento de tumores orais.

Normalmente, esse tipo de procedimento requer anestesia local. O profissional mede e demarca a área a ser removida, limpa a região e aplica uma injeção com anestésico vasoconstritor no local. Em seguida, o corte é realizado pelo cirurgião-dentista usando o bisturi.

Dessa forma, a lesão é retirada e o local suturado para a cicatrização. O tempo ou o tamanho do corte dependem muito do tipo de lesão e da possibilidade de complicações.

Quando a excisão cirúrgica é utilizada na odontologia?

A excisão cirúrgica é uma opção terapêutica para diversos casos odontológicos, como o tumor de tecidos moles. Além desse, confira outros casos em que o procedimento pode ser aplicado:

  1. Câncer de boca e de orofaringe: tumor maligno que pode afetar os lábios, o interior da cavidade oral e a orofaringe. Trata-se de uma lesão geralmente vermelha ou branca que apresenta formato de nódulo;
  2. Tumores odontogênicos: trata-se de um grupo de lesões derivadas dos tecidos epitelial ou mesenquimal que fazem parte do processo da odontogênese, responsável por desenvolver os dentes, e podem ser tanto malignas quanto benignas.
  3. Mucocele: a mucocele é uma lesão causada geralmente por traumas locais devido a ruptura dos ductos excretores. É mais comum acontecer no lábio inferior;
  4. Neoplasias orais: tumores que podem ser benignos ou malignos e que surgem por conta do aumento anormal do número de células na região oral;
  5. Lábio duplo: formação anormal de uma prega secundária nos lábios, sendo mais comum no superior. Pode estar relacionado à erupção dentária ou ser de natureza congênita. O tratamento consiste em remover o excesso de tecido por meio da excisão cirúrgica;
  6. Lipoma intraoral: um tumor que, apesar de comum em outras regiões do corpo, é considerado raro na cavidade bucal, porém tem origem benigna;

Vale lembrar que a melhor forma de tratamento, seja pela excisão cirúrgica ou não, deve ser decidida exclusivamente pelo cirurgião-dentista por meio da consulta.

ACESSO RÁPIDO
    Silmara Alves Rozo Ducatti
    Silmara Alves Rozo Ducatti é cirurgiã-dentista graduada pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e especialista em Ortodontia pelo Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (SIOMS). Possui registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 121811 e integra a equipe odontológica da RD Design Oral, que fica na Alameda Grajaú, 98 - sala 1207 - Alphaville, Barueri - SP.

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