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Técnicas de reembasamento para prótese total e sua importância

Técnicas de reembasamento para prótese total e sua importância

Conheça os tipos de reembasamento para prótese total

A reabsorção óssea alveolar é contínua ao longo da vida dos pacientes edêntulos. Ou seja, aquele que não possuem dentes. As técnicas de reembasamento para prótese total vieram para ajudar nesse cenário.

Sabemos o quanto a estética do sorriso é importante para a autoestima, por isso as técnicas de reembasamento para prótese total têm papel fundamental nesse aspecto.

As técnicas de reembasamento para prótese total são uma alternativa para esta desestabilização.

É uma manobra que visa readaptar a base da prótese ao rebordo por meio da adição de uma camada de material compatível à superfície interna da prótese.

Classificação das Técnicas de Reembasamento Para Prótese Total

Os tipos de reembasamento que auxiliam em casos de reabsorção óssea são classificados em duas categorias: podendo ser então definitivos ou temporários.

Os definitivos são divididos em métodos por adição e substituição. Na técnica por adição incrementa-se algum
material (resina acrílica rígida, resina soft definitiva ou silicone reembasador definitivo) à base de dentadura.

Dessa forma, o reembasamento por adição pode ser realizado na clínica (imediato) ou no laboratório protético (mediato).

No reembasamento por substituição é realizada a troca do material que compõe a base protética ou dos dentes artificiais. Esse procedimento sempre será realizado em laboratório protético.

Os reembasamento temporário são realizados na clínica, interpondo uma camada de materiais resilientes resinosos ou a base de silicone. Esses materiais apresentam alta resiliência e são de curta duração.

Técnicas de Reembasamento Para Prótese Total

Como já citamos anteriormente, essas técnicas são então divididas em 3 categorias:

  1. Reembasamento definitivo por adição;
  2. O Reembasamento definitivo por adição mediato;
  3. Reembasamento definitivo por substituição.

Então, agora que você já sabe exatamente quais são elas e um pouquinho sobre as particularidades de cada uma, vamos entender como funciona de fato cada técnica?

Reembasamento Definitivo por Adição

Primeiramente é preciso certificar o tipo e necessidade de se realizar o reembasamento, por isso, deve-se realizar um alívio na prótese total.

Isso ocorre caso já possua algum material reembasador antigo ou alguma superfície irregular. Assim, deve-se retirá-los por completo com o auxílio de instrumentos aquecidos e/ou broca maxicut.

Após o preparo da prótese, manipulamos o material utilizado de acordo com a recomendação do fabricante.

Quando este estiver na consistência adequada, aplica-se uma camada de 2 a 3 mm de espessura, com o auxílio de uma espátula. Toda a área da dentadura em contato com tecido mole deve ser recoberta.

Após o preenchimento da prótese dentária com o material reembasador resiliente este deve ser assentado na boca do paciente e este levado à oclusão normal.

Com o paciente em oclusão, serão realizados os movimentos funcionais de uma moldagem para o material copiar adequadamente as inserções musculares e seus movimentos, fornecendo maior retenção e estabilidade à prótese.

Espera-se a presa completa do material de acordo com a recomendação do fabricante, sendo que esta é em torno de 5 minutos e deixe o material polimerizar sobre a bancada por mais 10 minutos, fora da boca.

Após a remoção da prótese reembasada da boca e sua completa polimerização deve-se realizar o acabamento, retirando o excesso com algum instrumental aquecido.

Dessa forma, o tempo varia de acordo com o fabricante, mas geralmente o material deve ser trocado todo mês.

Reembasamento Definitivo Por Adição Mediato

Aqui a própria dentadura do paciente funciona como uma moldeira individual, porém, em alguns casos, desgastes se fazem necessários para a colocação do material de moldagem.

Essa moldagem é realizada com godiva ou silicone de condensação laboratorial.

O material deve então ser inserido com o paciente orientado a ficar em oclusão e realiza-se os movimentos funcionais para moldagem do fundo do vestíbulo, inserções musculares e seus movimentos.

Em seguida se realiza uma moldagem utilizando pasta zinco-eugenólica ou algum material elástico de consistência fluida, como:

  • Silicone;
  • Poliéter;
  • Mercaptana

O paciente deve estar impreterivelmente em oclusão (máxima intercuspidação). No caso do uso de pasta
zinco-eugenólica é importante então que isole os dentes antagônicos com vaselina.

Assim, após a obtenção do molde é realizado o travamento posterior por meio do posicionamento de cera plastificada sobre as regiões da moldeira. Em seguida levá-la em posição na boca do paciente.

Após a conclusão do molde este deve ser desinfetado com solução desinfetante. Em seguida lavado e encaminhado para o laboratório protético para inclusão em mufla e prensagem da resina acrílica termopolimerízavel.

Após esse procedimento realizam-se os testes de retenção. Posteriormente, após a prótese finalizada estará apta para ser instalada, realizando ajustes oclusais e nas bases acrílicas quando necessários.

Controles periódicos de ajustes da base acrílica e oclusais devem ser realizados até que o paciente se adapte a nova condição.

Reembasamento Definitivo por Substituição

Nesse caso, na maioria das vezes é necessária uma nova moldagem, utilizando a prótese deficiente, como descrita para técnica de reembasamento definitivo por adição.

Após a moldagem é obtido um modelo de gesso. Sobre esse modelo confecciona-se uma base de prova em resina acrílica autopolimerizável.

A prótese deficiente deve ser montada no articulador para manutenção da dimensão vertical de oclusão (DVO) do paciente.

Quando a prótese for mandibular, vaza-se o gesso no ramo superior do articulador, adaptando os dentes devidamente isolados com vaselina sobre o gesso.

Após a completa cristalização é vazado o gesso do arco inferior sobre o modelo mandibular obtido com a moldagem.

Quando a prótese deficiente for maxilar deve-se vazar inicialmente o gesso do ramo maxilar adaptando o
modelo com a prótese.

Deve sempre se atentar para que o pino do articulador esteja na marcação zero para obter o paralelismo entre os
ramos e manutenção da DVO.

Após a montagem no articulador, a base protética deficiente é recortada e os dentes adaptados sobre as marcações no gesso do articulador.

Uma nova escultura da cera é realizada e, posteriormente realizada a prova estética e funcional na boca do paciente, após a aprovação tanto do paciente quando do profissional ela é incluída em mufla, polimerizada com resina termo e finalizada com polimentos.

As técnicas de reembasamentos para prótese total são muito eficazes. Consulte seu dentista para descobrir qual dos procedimentos é o mais adequado para seu caso.

ACESSO RÁPIDO
    Valdir de Oliveira
    Valdir de Oliveira é cirurgião-dentista graduado em Odontologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares pela Sboom. Possui especialização e mestrado em Implantodontia, habilitação em Harmonização Orofacial e Anatomia da Face. Também é professor nas áreas de Cirurgia Bucomaxilofacial e Harmonização Orofacial e voluntário há mais de 20 anos na Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil). Com o registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 52860, Valdir integra a equipe odontológica do Instituto Bernal e Oliveira, que está localizado na Avenida dos Imarés, 572A - Indianópolis, São Paulo - SP.

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