A síndrome mão-pé-boca é famosa entre as crianças, mas também pode atingir adultos
Infelizmente, não são apenas as doenças de origem odontogênicas que atingem nossa boca. Outras patologias, que atacam todo o corpo, podem envolver a região oral. Um desses casos é a síndrome mão-pé-boca.
Por isso, neste artigo, vamos conversar sobre impacto da síndrome na nossa saúde bucal e, claro, como evitá-la. Vamos começar definindo o que é a síndrome mão-pé-boca:
Síndrome mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus cosxackie. Tem como característica principal as feridas na mão, pé e garganta, por isso o nome. É extremamente comum na primeira infância, mas pode aparecer em todas as idades, até na fase adulta.
Características da Síndrome Mão-Pé-Boca
A doença mão-pé-boca possui uma série de características que a tornam singular e fácil de ser identificada. Por isso, preste atenção: conhecer esses detalhes irá te mostrar como notar e também como prevenir essa síndrome!
Transmissão do vírus
A transmissão do vírus cosxackie é muito diversa e, por isso, a síndrome é tão comum. Há três caminhos principais para se contrair o vírus:
- Pessoa para pessoa: a transmissão pode ocorrer pela tosse, espirros, saliva, contato direto com as bolhas recém-estouradas e pelas fezes. Por isso, no caso de crianças pequenas, é importante o uso de luvas (nas trocas de fraldas) e de máscara, se possível;
- Alimentos: é importante lavar bem todos os nossos alimentos, pois eles podem estar contaminados com os vírus. Também não se deve compartilhar água ou comida com pessoas infectadas;
- Objetos: a doença pode ser transmitida através de brinquedos, garfos, facas, copos e outros objetos. Por isso é preciso sempre higienizar esses itens, principalmente no caso dos bebês que levam qualquer objeto a boca.
Sintomas e manifestação da síndrome
A manifestação da síndrome mão-pé-boca não é imediata. Ou seja, se você ou seu filho forem expostos ao vírus, os primeiros sintomas podem demorar até 7 dias para aparecer.
Apesar das feridas e manchas nas mãos, pés e boca/garganta serem o sintoma mais conhecido, nem sempre é o que aparece primeiro. As bolhas podem demorar até 3 dias após os primeiros sintomas para aparecer.
Por isso, fique atento aos primeiros sintomas. São eles:
- Febre acima dos 38ºC (normalmente o primeiro sintoma a ser identificado);
- Dor de garganta;
- Dor de cabeça;
- Dificuldade para engolir e falta de apetite;
- Diarréia;
- Muita salivação;
- Mal-estar;
- Vômito.
Como esses primeiros sinais são mais gerais e podem ser relacionados a outras doenças, o pediatra pode pedir um exame para se certificar do diagnóstico. De qualquer forma, é necessário buscar ajuda médica assim que esses sintomas aparecerem.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da doença mão-pé-boca é feito com medicamentos e cuidados com a alimentação.
Os medicamentos podem ser anti-inflamatórios ou antivirais, dependendo do quadro apresentado. Já a alimentação deve ser leve, com alimentos mornos e não-ácidos ou condimentados.
Também é importante reforçar a hidratação, ainda que doa engolir. A temperatura da água também deve ser fresca.
Os sintomas irão desaparecer de 5 a 7 dias depois de surgirem, mas é importante realizar o tratamento. Essa doença, assim como a catapora, só é vilã uma vez na vida. Ou seja, o corpo adquire imunidade ao vírus!
Qual o papel do odontopediatra em casos da síndrome?
O odontopediatra tem papel na ajuda da prevenção, já que muito dos cuidados bucais também ajudam a evitar a contaminação da doença mão-pé-boca.
Ele também deve estar atento, caso algum paciente chegue com bolhas/feridas avermelhadas na boca. Pode ser a primeira demonstração das feridas após o contágio.
Nesse caso, ele deve encaminhar o caso para o pediatra de confiança da família. Gostou de saber mais sobre a síndrome mão-pé-boca? Fique atento aos sinais e previna-se!