CLÍNICAS

Primeiros socorros durante urgências odontológicas

Primeiros socorros durante urgências odontológicas

Descubra, passo a passo o que fazer quando há uma emergência no consultório

Por mais incomum que parece, existem casos emergenciais na odontologia que requerem noções de primeiros socorros. Eles podem acontecer durante procedimentos odontológicos ou após traumas.

Por isso, é fundamental que tanto o dentista quanto seu auxiliar saibam realizar os procedimentos de primeiros socorros.

Os primeiros socorros possuem como princípio fundamental o atendimento imediato de pacientes em situações urgentes ou emergenciais.

São qualificadas como uma situações urgentes, cenários onde o paciente corre risco iminente de vida, sofrimento intenso ou lesão permanente.

Já os casos de emergência odontológica englobam danos que devem ser tratados rapidamente, a fim de que o paciente não sofra complicações e sofrimento no futuro.

Kit de primeiros socorros

Um kit de primeiros socorros básico deve fazer parte dos materiais odontológicos do dentista.

Assim, o recomendado é que o kit atenda ao Suporte Básico da Vida, ou o ABC como é conhecido. O A significa a abertura das vias aéreas, o B uma boa ventilação, e o C a circulação.

Dentre os materiais de primeiros socorros na odontologia podemos citar o oxigênio e alguns medicamentos, como: anti-histamínicos, para o caso de reações alérgicas, e ansiolíticos, para acalmar os pacientes e a adrenalina.

Como o dentista deve proceder

Para começar, é fundamental manter a calma. O dentista tem o papel de tranquilizar a pessoa que está sofrendo com a intercorrência acidental.

O estado geral da pessoa acidentada pode piorar caso ela esteja ansiosa, com medo ou sem confiança na pessoa que está prestando os primeiros socorros odontológicos.

Os sinais vitais do paciente devem ser checados. Deve-se realizar uma avaliação do estado geral da pessoa, verificando sua temperatura, respiração, estado de consciência e observar se há alguma hemorragia.

  1. Temperatura – em um adulto, a temperatura varia entre 36,2 e 37 graus. Quando a temperatura corporal extrapola esses valores, seja para mais ou para menos, ela é bastante prejudicial a saúde do ser humano.
  2. Frequência cardíaca- É o indicador do trabalho cardíaco. Quando os batimentos por minuto estão muito elevados, pode haver taquicardia, o que indica uma diminuição do volume sanguíneo, consequência de uma possível hemorragia. Quando muito baixa, a frequência cardíaca indica bradicardia.
  3. Respiração – também é medida por minutos. Exercícios, tabagismo e alguns medicamentos podem alterar a frequência respiratória.
  4. Estado de consciência – se o paciente estiver consciente, o ideal é perguntar sobre as áreas doloridas e pedir para que ele se movimente vagarosamente. Em seguida, fazer perguntas básicas, como a idade e o nome da pessoa também pode ajudar.
  5. Hemorragia – a hemorragia é bastante visível quando é externa, mas quando ela é interna, não é possível visualizá-la com exatidão. Assim, o ideal é manter o paciente calmo, afrouxar suas roupas e providenciar um transporte urgente.

O corpo do paciente pode dar sinais do que provocou a emergência. Com isso, cabe a equipe odontológica saber identificar estes sinais para proceder o atendimento.

Deve-se ressaltar que as manobras de primeiros socorros devem ser feitas nos três primeiros minutos para se evitar maiores danos aos pacientes

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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