A anestesia local precisa ser administrada corretamente pelo dentista para que seus efeitos sejam negativos
A anestesia local é indispensável para a realização de procedimentos cirúrgicos. Ela evita que os pacientes sintam dores ou incômodos durante esses tratamentos.
Uma das técnicas que mais requer o uso da anestesia local é a extração de dente, por exemplo.
A anestesia local garante um bloqueio temporário das terminações nervosas, o que altera as sensações sem alterar o nível da consciência do paciente. Assim, os pacientes não sentem quaisquer incômodos durante o procedimento.
Para ser um bom agente anestésico, a substância não pode ser tóxica, não irritar os tecidos e não causar lesões permanentes às estruturas nervosas.
É preciso que a anestesia aja rapidamente e que dure o suficiente para que o dentista consiga efetuar toda a intervenção cirúrgica.
Efeito da Anestesia Tópica
Primeiramente, a anestesia odontológica deixará adormecida a região onde foi aplicada. Se for mal administrada, pode acometer outras regiões, como língua, lábios e até mesmo o rosto.
Com o passar do tempo, a insensibilidade ficará maior, fazendo com que o paciente pare de sentir a área. É comum que o paciente apresente dificuldades para falar e mastigar durante o período.
Além disso, ele também pode ter espasmos musculares, que são contrações involuntárias, e sensações de formigamento quando o efeito estiver passando.
A duração de anestesia depende da quantidade que for injetada e de seu tipo.
Divisão das anestesias locais
Na odontologia, é comum utilizar anestésicos locais que provêm de duas famílias: a amida e o éster.
A importância dessa divisão está relacionada com a duração do efeito e com o risco de alergia.
Ésteres
São hidrolisados, ou seja, há uma quebra da ligação química com a adição de uma molécula de água por enzimas que são encontradas no corpo. Por isso, normalmente o tempo de efeito é menor, com exceção da tetracaína.
Há um facilidade das ligações moleculares dos ésteres seres quebradas. Isso faz eles serem mais instáveis e reduz sua validade. Então, eles não podem ser armazenados por um longo período.
Apresentam uma condição mais favorável para reações de hipersensibilidade, pois seu metabolismo resulta na produção de ácido paraminobenzoico.
Amidas
Sofrem metabolização hepática. Dessa forma, sua ação é mais prolongada. As amidas são termoestáveis, o que permite que resistam a altas temperaturas. São raros os casos de reações alérgicas.
Tipos de anestesia
Lidocaína
- Grupo das amidas;
- Considerado o anestésico tópico padrão na odontologia;
- É utilizado em procedimentos de médica duração;
- Indicado para gestantes;
- Sua ação começa em dois minutos.
Articaína
- Grupo das amidas;
- Anestésico de longa duração;
- Não é apropriado para gestantes;
- Efeito começa em dois minutos.
Prilocaína
- Grupo das amidas;
- Anestésico de longa duração;
- Não é recomendado em gestantes e nem em pacientes que apresentem hipotireoidismo, diabetes e ansiedade;
- Efeito começa em dois minutos.
Mepivacaína
- Grupo das amidas;
- Média duração;
- Potência duas vezes mais forte que a lidocaína;
- Indicado para quem possui hipertensão, arritmia cardíaca, diabete e hipertireoidismo;
- Efeito começa em menos de um minuto.
Bupivacaína
- Grupo das amidas;
- Longa duração;
- Potência quatro vezes mais forte que a lidocaína;
- Efeito começa em seis minutos.
Complicações da anestesia local
A anestesia local na odontologia precisa ser administrada corretamente. Caso contrário, ocorrerão algumas consequências.
Trismo
É uma contração dolorosa dos músculos mastigatórios por conta do bloqueio do nervo alveolar inferior.
Hematoma
Se houver o bloqueio do nervo alveolar superior, o hematoma acaba se manifestando na parte de fora da boca.
Parestesia oral
Afeta os nervos da nossa boca de maneira inadequada, causando uma dormência além do tempo necessário.
Portanto, o dentista deve saber gerir bem o uso da anestesia local para que ela atue somente naquele ponto, sem se estender para outras regiões nem causar danos permanentes.