Exposição a ruídos prejudica a audição de profissionais da odontologia
Existem aqueles que nascem sem audição, e outros que a perdem com o decorrer do tempo. A perda auditiva não é algo incomum e pode afetar qualquer pessoa.
Você sabia que um dos riscos que o dentista corre em seu ambiente de trabalho é a perda auditiva? Por isso, neste artigo vamos explicar quais as razões que causam esse problema e como evitá-lo.
Perda auditiva é um perigo para os profissionais que atuam diariamente em consultórios odontológicos. Isso porque ela pode ser induzida pelos ruídos advindos dos equipamentos e acessórios.
Como a existência de ruído é frequente em diversas áreas do trabalho, esse problema é o mais comum entre aqueles que são provenientes de causas ocupacionais.
Por isso, sua designação recebe até mesmo um nome específico: PAIR ou perda auditiva induzida por ruídos.
Causas da perda auditiva ocupacional
A principal causa da perda de audição por motivos ocupacionais é a exposição frequente a diversos ruídos intensos. Para afetar negativamente a saúde do profissional, os ruídos devem circular entre as frequências de 3.000 a 6.000Hz.
Essas frequências provocam uma pressão sonora que causa alterações neuros sensoriais na pessoa afetada. Isso significa que a perda auditiva também é um grande perigo para os dentistas.
Nesses casos, os ruídos que mais oferecem risco à audição são aqueles produzidos por:
- Turbinas de alta rotação;
- Sugadores;
- Micromotores de baixa rotação;
- Compressores de ar;
- Equipamentos fotopolimerizadores.
Isso acontece porque, em geral, o profissional é exposto a esses ruídos de maneira contínua.
Ainda, existem outros ruídos ambientais que também afetam a audição e, consequentemente, podem agravar o desenvolvimento da doença.
Entre alguns exemplos de ruídos ambientais podemos citar: barulhos produzidos por aparelhos televisores, rádios, ou até mesmo por carros no trânsito.
Como acontece a perda auditiva?
A principal característica dessa doença é que ela acontece de forma progressiva. Além disso, como já dito anteriormente, outra característica importante da PAIR é sua irreversibilidade.
Em geral, o problema pode chegar a se desenvolver por 10 a 15 anos. Durante esse tempo, é possível que a pessoa nem ao menos se dê conta do acometimento.
Isso porque ela se adapta às novas condições de sua audição, sem perceber que a está perdendo.
Além da perda gradativa de audição, a perda da audição do dentista pode ser acompanhada por outros sintomas prejudiciais à saúde.
Esses sintomas podem ser neurológicos, como depressão, irritabilidade, ansiedade, dificuldades de concentração e distúrbios do sono.
Alem disso, o paciente pode desenvolver até mesmo transtornos cardiovasculares e outras doenças como a hipertensão.
Como evitar a perda auditiva no consultório?
A medidas de prevenção servem para evitar que os profissionais da odontologia passem pelo problema da perda auditiva.
Uma boa dica, por exemplo, é evitar o uso de dois equipamentos que produzam barulho ao mesmo tempo. Dessa maneira, a frequência sonora que chegará aos ouvidos do dentista diminui.
Além disso, o profissional deve ficar atento ao comprar os seus equipamentos. No mercado, já existem alguns que visam a produção de menos ruído.
É indicado que o dentista mantenha os equipamentos ruidosos isolados, sempre que possível.
O uso de protetores de ouvido, que são um dos Equipamentos de Proteção Individual, podem ser muito útil para quem busca impedir o desenvolvimento do problema.
Por fim, é sempre bom lembrar a importância de realizar exames audiométricos de 6 em 6 meses. Assim, é possível verificar a existência de perda auditiva.