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Displasia fibrosa: quais suas manifestações na odontologia?

Displasia Fibrosa: saiba o que é e suas implicações na odontologia

Crescimento dos ossos da face e do maxilar podem causar danos à região da boca

Você sabe o que é a displasia fibrosa? Para começar, ela é uma doença congênita (ou seja, está presente desde o nascimento do indivíduo), não hereditária e benigna.

A displasia fibrosa pode ser caracterizada pelo desgaste ósseo, crescimento desornado ou lesões em um ou mais ossos do corpo. Sendo chamada de displasia fibrosa monostótica e poliostótica, respectivamente).

Displasia fibrosa é uma lesão identificada pela substituição dos elementos normais do osso por um tecido fibroso desordenado e desorganizado.

A displasia fibrosa monostótica, que envolve apenas um osso, representa cerca de 70% dos casos. Já a displasia fibrosa poliostótica, que apresenta envolvimento de múltiplos ossos, apresenta uma menor taxa de incidência.

O esqueleto crânio facial é uma região frequente da manifestação da doença. Desse modo, ela pode levar à ocorrência de distúrbios orgânicos, estéticos e até psicológicos nos pacientes afetados.

Suas lesões podem causar deformidades visíveis externamente, como ocorre na região do maxilar e da mandíbula.

Portanto, com a substituição das condições normais do osso por tecido fibrosos de maneira desregulada, pode ocorrer uma lesão intra bucal.

Um inchaço indolor da área afetada unilateralmente, levando à assimetria facial, de crescimento geralmente lento, com ou sem o deslocamento de dentes, são alguns dos sintomas que ocorrem na área.

A mandíbula, osso ligado diretamente ao crânio, e o maxilar, um dos ossos que compõem os ossos da face, são duas regiões do rosto geralmente mais afetadas pela displasia fibrosa.

Tratamento da Displasia Fibrosa

O tratamento para a displasia fibrosa da mandíbula, que consiste no crescimento de osso anormal na boca, é recomendado após os 18 anos. Ou seja, após o período da puberdade dos pacientes.

É durante essa fase que o crescimento do osso diminui e se estabiliza. Permitindo, assim, sua remoção sem chances recorrentes de voltar a crescer.

Porém, caso o crescimento do osso seja relativamente pequeno e não provoque alteração na região da face ou nas funções normais da boca e, consequentemente, do aparelho digestivo, não é necessário tratamento.

Nessas situações, mantém-se apenas consultas regulares com o dentista de confiança para avaliar a evolução do problema. Quando a remoção mostra-se necessária, é feita uma cirurgia sob anestesia geral.

O especialista mais indicado para tratar casos de alterações na mandíbula e maxila, é o cirurgião buco maxilofacial. Quando a remoção mostra-se necessária, é feita uma cirurgia sob anestesia geral.

O cirurgião-dentista faz um pequeno corte no interior da boca para chegar até ao osso anormal e remover o excesso de tecido formado.  Desse modo, ele garante uma certa simetria ao rosto.

Existem situações em que a cirurgia precisa ser antecipada. Geralmente, acontece nos casos mais graves, em que o osso anormal cresce de maneira rápida demais e provoca uma alteração significativa da região da face.

Ou, então, quando impede a realização de atividades fundamentais como mastigar ou engolir. Nestes casos pode ser necessário voltar a repetir a cirurgia caso o osso volte a apresentar crescimento desordenado.

Outras Características da Displasia

De maneira mais técnica, a displasia fibrosa é considerada pelos especialistas como uma condição esporádica e não hereditária que resulta de uma mutação pós-zigótica no gene GNAS1.

Ou seja, a proteína ligante do nucleotídeo guanina, polipeptídeo 1 de atividade A-estimulante.

A base molecular da doença é, então, tida como a ativação de mutações pós-zigóticas do gene GMAS1, que codifica a subunidade α da proteína G estimuladora.

A displasia fibrosa é mais corriqueiramente encontrada no esqueleto em desenvolvimento, ou seja, com mais casos entre crianças e adolescentes. As localizações mais frequentes são em fêmur, tíbia, ossos da face e costelas.

Ocasionalmente, grandes lesões em massa formam protuberâncias que acabam comprimindo alguns tecidos moles adjacentes.

Isso pode levar à compressão ocasional de estruturas nervosas importantes, justificando então as alterações neurológicas encontradas na displasia fibrosa.

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