A disjunção palatina coloca um tipo de aparelho no céu da boca para realizar o processo de expansão
O palato, conhecido popularmente como céu da boca, separa a cavidade bucal da nasal. Divide-se em palato duro, que é a parte anterior dele, e mole, a posterior. Ele também pode ser acometido por algum distúrbio, normalmente congênito. Assim, é preciso realizar a disjunção palatina.
A disjunção palatina restabelece as funções orais, inibindo todos os problemas que eram estimulados anteriormente.
A disjunção palatina é usada somente na parte de cima da cavidade bucal, no osso maxilar. A expansão rápida da maxila é indicada para pessoas com o palato muito estreito ou que apresentam prognatismo.
Funcionamento da Disjunção Palatina
O dentista fixa bandas metálicas nos dentes molares, segurando o expansor palatino no céu da boca do paciente. Em seu centro há uma chave para que o profissional controle a separação do palato.
A força proporcionada separa a sutura palatina, a linha que diferencia as duas metades do osso maxilar. Isso faz com que a arcada dentária superior amplie.
É importante ressaltar que o tracionamento é contínuo, sem interrupções. Somente dessa maneira será possível expandir a maxila.
Quando os dois dentes incisivos centrais aparentarem um leve diastema, quer dizer que o palato foi alargado para a posição correta.
Posteriormente, o dentista poderá corrigir o problema estético do sorriso da pessoa, ou seja, a pequena abertura por meio de aparelhos ortodônticos.
Se não for tratada
A disjunção palatal reabilita a saúde bucal. O palato estreito provoca o aparecimento de alguns problemas para o paciente. Vejamos quais são:
- Dor de cabeça;
- Má oclusão (que gera dificuldades de mastigar);
- Apneia do sono;
- Ronco;
- Inclinação dentária;
- Retração gengival.
Quanto mais novo for o paciente, mais rápido será a expansão da maxila. Há a possibilidade do procedimento não ser efetivo em pessoas mais velhas. Assim, passaria a ser necessário intervir cirurgicamente.
Atenções durante o tratamento
Por estar unido ao seu da boca e aos dentes, torna-se mais fácil o acúmulo de placa bacteriana porque, agora, é difícil alcançar a região durante a higienização bucal.
Por isso, o paciente tem de se atentar ao fazer a limpeza, buscando remover o máximo de impureza que conseguir.
Ele pode utilizar a escova unitufo, que possui uma pequena cerda na ponta de uma das hastes. Seu formato cônico permite atingir lugares acanhados. Dessa forma, diminui os riscos de surgir cárie e doenças periodontais, por exemplo, que são causadas por conta da placa.
Vejamos como esses problemas atuam:
Cárie
A cárie é uma forma de deterioração dos dentes, representando uma lesão estrutural ocasionada por bactérias que perfuram o esmalte dental. Dependendo da gravidade, causam dor e desconforto ao paciente.
O tratamento é através da obturação. O dentista limpa a cavidade do dente e, em seguida, tapa-a com resina composta ou amálgama, dois tipos de materiais restauradores.
Doenças periodontais
As doenças periodontais afetam o tecido gengival. Elas dividem-se em duas: gengivite e periodontite.
- Gengivite
É uma inflamação da gengiva acarretada pelo acúmulo de placa. Seus sintomas são dor, inchaço, vermelhidão e sangramento.
Para tratá-la, basta retirar a placa, pois a gengiva irá desinflamar.
- Periodontite
É a evolução da gengivite. Ela compromete todos os tecidos de suporte ao redor do dente, principalmente ossos e ligamentos. Pode resultar na perda de dentes por fragilidade óssea adquirida.
Existem duas maneiras de fazer o tratamento, por recursos cirúrgicos ou não cirúrgicos. Os cirúrgicos aplicam matriz do do esmalte dental e fazem a regeneração tecidual guiada. Os não cirúrgicos removem a placa e efetuam a raspagem e o alisamento radicular.
Fique tranquilo. A disjunção palatina é uma técnica bastante tranquila e o resultado é compensador, já que melhora a qualidade de vida do paciente.