A doença pode ser uni ou bilateral e afeta principalmente o sexo feminino
Apesar do nome bastante complicado, o carcinoma mucoepidermoide é uma anomalia extremamente recorrente no meio odontológico.
O carcinoma mucoepidermoide, também conhecido como tumor mucoepidermoide, normalmente se manifesta na segunda década de vida dos pacientes.
Carcinoma mucoepidermoide é o tumor maligno mais comum das glândulas salivares. Ele representa a malignidade de glândula salivar mais comum na infância. Mesmo assim, o tumor pode atingir tanto as glândulas salivares maiores como as menores.
Características clínicas do carcinoma mucoepidermoide
Com já dissemos, o câncer de glândula salivar se manifesta principalmente na segunda década de vida dos pacientes.
Mas é importante falar que a doença apresenta ampla variação de idade, podendo se desenvolver em diversas faixas etárias. Além disso, a patologia possui uma leve predileção pelo sexo feminino, ou seja, é mais comum em mulheres.
Normalmente, a doença acomete pacientes que já tenham passado previamente por algum tratamento radioterápico na região da cabeça. Fatores genéticos e tabagismo também estão diretamente relacionados a lesão cancerígena.
Principais sintomas do carcinoma
Os principais sintomas desse tumor são:
- Dor e edema: esses sintomas geralmente ocorrem em função da obstrução dos ductos pelo tumor;
- Xerostomia: ocorre quando o paciente apresenta boca seca. Pode ser um sinal ou sintoma da doença;
- Alterações no sabor: A secreção purulenta produzida na glândula afetada pode dar um sabor desagradável aos alimentos, estando geralmente associada com sialoadenites.
Também é válido dizer que o tumor pode ser uni ou bilateral. Assim, quando há uma única glândula acometida, há maior probabilidade de se tratar de sialolitíase ou de tumor.
Grau do carcinoma mucoepidermoide
A anormalidade pode ser dividida em alto e baixo grau. O carcinoma mucoepidermoide de baixo grau apresenta um histórico clínico semelhante ao do adenoma pleomórfico (um tumor comum as glândulas parótidas), podendo ter o nódulo sólido, misto ou cístico.
Quase 10% destes tumores são considerados de alto grau, de crescimento rápido, gerando nódulos maiores, geralmente sólidos, mal delimitados, com invasão dos tecidos adjacentes e com presença de dor.
Em 40% dos casos, também há linfonodomegalias cervicais metastáticas. Várias células podem ser observadas em sua histologia: mucosas, colunares, epidermoides, claras e intermediárias.
Tratamentos para carcinoma mucoepidermoide
O tratamento para carcinoma mucoepidermoide de glândulas salivares pode variar bastante dependendo de algumas variáveis:
- Tamanho do tumor;
- Condições gerais da saúde do paciente;
- Grau e malignitude da doença.
Uma vez que a doença é considerada de baixo grau, o tratamento recomendado é a realização de uma remoção por procedimento cirúrgico.
Assim, também é necessária a recessão das estruturas adjacentes, ainda que isso possa causar alguns malefícios estéticos ao tecido e também problemas funcionais, como desconforto na fala e na mastigação.
Entretanto, tumores considerados de médio ou alto grau, além do procedimento cirúrgico, devem passar por procedimentos de radioterapia pós-operatória.
Após a operação, é recomendado que o paciente utilize a placa de Hawley, também conhecida como contenção.
A utilização desse objeto é necessária para o tratamento pois ajuda o indivíduo nas consequências da cirurgia e da resecção, as quais já foram citadas anteriormente.
Se o tratamento não for realizado de forma correta, existem casos em que o carcinoma mucoepidermoide volta a aparecer.