Apesar de muito incomum, se manifesta em sua maioria no gênero feminino
Com uma etiologia ainda desconhecida, a síndrome do incisivo central solitário pode ser associada a uma mutação missense. Além de também ser associada à deleções nos cromossomas.
Dessa forma, a síndrome do incisivo central solitário é causada por uma alteração no desenvolvimento da oclusão dentária. É caracterizada por más formações estruturais, principalmente na região de linha média do paciente.
Síndrome do Incisivo Central Solitário é uma anomalia complexa, caracterizada por falhas no processo normal de desenvolvimento de estruturas. Esses defeitos ocorrem entre o trigésimo quinto e trigésimo oitavo dias no útero.
Como a síndrome do incisivo central solitário se manifesta?
Uma vez que as falhas acontecem, ocorre um envolvimento das estruturas da linha média da cabeça do paciente, resultando em alterações:
- Dos ossos cranianos, caso clínico conhecido como microcefalia;
- Das cavidades orbitais, chamado de hipotelorismo;
- Dos dentes, com a presença de apenas um incisivo central superior na linha média da maxila;
- Ao nível da nasofaringe, causando uma estenose médio-nasal, atresia da abertura nasal posterior ou estenose congênita da abertura piriforme;
- Em alguns casos, acaba afetando também o cérebro, ocasionando uma holoprosencefalia.
Dessa forma, em cerca de metade dos casos, os pacientes apresentam baixa estatura.
Isso é resultado de uma deficiência isolada nos hormônios do crescimento ou até mesmo de um hipopituitarismo, podendo ser necessária a terapia hormonal.
Diagnosticando a Síndrome do Incisivo Central Solitário
O diagnóstico da síndrome do incisivo central único é obtido por meio de um exame de ultrassonografia entre a décima oitava e vigésima segunda semana de desenvolvimento.
Em certos casos pode ser realizado ainda por meio de testes genéticos em casos familiares. Porém, é raramente feito no período pré-natal.
Ainda assim, embora o diagnóstico possa ser feito sem grandes problemas no nascimento, deve ser feito, no mínimo, nos 8 meses após a erupção do incisivo superior decíduo.
Durante a ultrassonografia realizada pelo obstetra em uma rotina pré-natal nas primeiras 18 semanas de gestação, é possível verificar uma dimensão do crânio reduzida e algumas alterações na posição das órbitas e do nariz.
Olhando com uma vista anterior da boca aberta, pode-se ainda verificar alterações das:
- Estruturas da linha média;
- Anatomia dos alvéolos maxilares;
- Ossos palatinos;
- No nariz;
- Saliência nos alvéolos e a elevação do lábio superior.
Como na maioria dos casos, o diagnóstico precoce é de extrema importância, especialmente em casos de holoprosencefalia.
Uma vez que está frequentemente associado a esta anomalia no desenvolvimento do cérebro, conseguir detectar a síndrome pode facilitar o acompanhamento médico e social da criança.
Tratamento para Síndrome do Incisivo Central Solitário
Na maioria dos casos, o plano de tratamento ortodôntico envolve uma expansão rápida da maxila.
Assim como apoio e interação com as especialidades da Prótese Dentária, Odontopediatria e Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilofacial.
Ao final do tratamento, é recomendado ainda realizar um procedimento ortodôntico corretivo fixo.
Além disso, é indicado ainda aos pacientes que passem por um atendimento de uma equipe multidisciplinar contando com médicos, geneticistas, fonoaudiólogo e psicólogo.
A síndrome do incisivo central solitário pode estar associada a outros problemas de desenvolvimento. Por isso, como já foi dito, o diagnóstico rápido é importante para o tratamento. Ao menor sinal, consulte seu dentista!