Saiba qual é a relação dessa doença com a odontologia
Hepatite B é um dos tipos da doença existentes comuns, mas que pode ser facilmente evitadas por meio da vacina. Ela também pode ser classificada A, C, D e E.
Em nosso país, estima-se que quase 15% da população já foi contaminada e ainda 1% é portadora do vírus da hepatite B.
A hepatite B é uma doença transmitida pelo vírus HBV, e costuma causar irritação e inflamação do fígado do indivíduo afetado.
Uma vez que o HBV está presente no sangue, no esperma e no leite materno, esse tipo de hepatite é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Sintomas da Hepatite B
A manifestação dos sintomas da hepatite B costumam acontecer entre dois a quatro meses após o primeiro contato da pessoa com o vírus. A sua intensidade varia bastante de pessoa para pessoa.
Aqui iremos apresentar os principais sintomas da doença, sendo eles:
- Dor abdominal;
- Urina escura;
- Febre;
- Dor nas articulações;
- Perda de apetite;
- Náusea e vômitos;
- Fraqueza e fadiga;
- Amarelamento da pele, também chamado de icterícia.
Embora a hepatite B seja uma doença extremamente grave, sendo muitas vezes fatal, alguns pacientes não chegam sequer a apresentar algum sintoma.
Ainda que muitas pessoas consigam se curar, eliminando o vírus do corpo, uma pequena parcela dos infectados tendem a se tornar portadores crônicos da doença.
De modo geral, esses indivíduos não apresentam nenhum sintoma, mas correm o risco de desenvolver doenças hepáticas mais graves, como cirrose ou câncer primário do fígado.
Hepatite B x Profissionais da Odontologia
É inevitável que os profissionais, não apenas da odontologia mas da saúde no geral, sejam mais suscetíveis a infecções pelo vírus da hepatite B.
Portanto, quando mais tempo de profissão o dentista tiver, maior a chance dele já ter entrado em contato com o vírus HBV.
Isso por que no passado as medidas de prevenção e imunização eram extremamente escassas. Assim, cresce a importância do profissional se imunizar o mais cedo possível.
Ainda é importante ressaltar que o profissional sempre deve trabalhar utilizando equipamentos de proteção individual.
O profissional pode se contaminar ao tocar secreções de saliva ou sangue de um paciente contaminado. Assim, é fundamental que ele utilize esses equipamentos de proteção.
Outros riscos da hepatite B na odontologia
Ao atender um paciente com hepatite B, o profissional deve ter alguns cuidados com os seguintes aspectos:
Degradação de fármacos
A infecção viral no fígado acaba comprometendo os hepatócitos do indivíduo afetado. Assim, é necessário ter atenção redobrada ao se receitar um remédio para o paciente.
Isso por que algumas drogas receitadas podem ter potencial hepatotóxico, prejudicando ainda mais o fígado da pessoa.
Outras doenças sistêmicas
Pacientes com hepatites virais apresentam, muitas vezes, outras doenças sistêmicas,como hipertensão, diabetes mellitus, cirrose hepática e insuficiência renal crônica.
Essas requerem atenção especial quanto ao atendimento odontológico. Logo, é ideal questionar o paciente antes de qualquer consulta.
Lesões intrabucais
Aqui observamos a ligação direta entre a hepatite b e a saúde bucal. Algumas alterações bucais têm sido muito relacionadas com a hepatite, especialmente a hepatite c.
Podemos citar a xerostomia, o líquen plano, a sialadenite, a gengivite e a síndrome de sjögren. Assim, é necessária a realização de um exame intrabucal bastante específico para descobrir a origem dessas doenças.
Se for o caso, o encaminhamento ao profissional especializado deve ser recomendado, uma vez que a hepatite b não é tratada por cirurgiões-dentistas clínicos.