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Disceratose congênita: sintomas e sua relação com a saúde oral

Disceratose Congênita pode provocar alterações orais

Disceratose congênita pode provocar notáveis alterações orais no paciente

Você por acaso sabe o que é uma disceratose congênita? É possível que você nunca tenha escutado esse nome, afinal, esta anomalia hereditária é bastante rara.

Apesar de se manifestar em qualquer pessoa, a disceratose congênita possui predileção pelo sexo masculino.

Disceratose congênita é uma doença caracterizada pela tríade de pigmentação reticulada da pele, distrofia ungueal e leucoceratose em mucosas.

Além disso, ela pode provocar alterações gastrointestinais, geniturinárias, neurológicas, oftalmológicas, pulmonares e esqueléticas.

Alguns pacientes estão sujeitos, inclusive, a falência medular. Esta é a principal causa de morte precoce dos pacientes diagnosticados com esta anomalia.

Sua presença ainda pode favorecer o surgimento de uma série de doenças malignas, configurando um enorme risco aos indivíduos com esta peculiaridade.

Mas agora você deve estar se perguntando: “tudo bem, mas qual a relação da disceratose com a nossa saúde bucal?” É exatamente sobre isso que iremos falar agora. Acompanhe!

Disceratose e Saúde Bucal

Pacientes com dyskeratosis congênita, como também é conhecida a doença, podem apresentar alterações na saúde oral. Isso porque a doença tem como um de seus sintomas o desenvolvimento da leucoplasia.

Trata-se de uma placa branca que se instala na boca, podendo estar na língua, gengiva ou na parte interna das bochechas. Ela é considerada uma lesão pré-maligna.

Assim, se não tratada, a longo prazo pode se transformar em um câncer.

Curiosamente, a lesão não gera dores ou sensação de queimação. O maior sintoma é o aparecimento das manchas brancas ou acinzentadas, que podem ser finas ou rugosas.

Ainda, o surgimento de pontos vermelhos na área afetada pode ser um dos indicadores de que a lesão é maligna, aumentando os riscos de câncer.

Portanto, em caso de qualquer suspeita da presença da doença, o ideal é procurar um profissional da saúde de confiança.

Classificações da Leucoplasia

São duas as classificações possíveis para a leucoplasia de acordo com as características das placas:

  1. Na leucoplasia homogênea, as manchas brancas são mais finas e lisas;
  2. Na leucoplasia não homogênea, a lesão na boca é mais rugosa ou verrucosa.

Leucoplasia verrucosa, ou seja, que apresenta o desenvolvimento de verrugas, é a mais propícia ao desenvolvimento de câncer.

Como Posso Tratar o Problema?

Logicamente, a principal forma de combate ao problema é o tratamento da hiperpigmentação congênita, inibindo assim todos os sintomas desencadeados por ela.

Entretanto, quando paramos para pensar na leucoplasia oral de maneira individual, o procedimento é outro.

A leucoplasia inicial representa a maioria dos casos. Geralmente, a mancha desaparece espontaneamente, sem necessidade de maiores tratamentos.

O médico dentista deve ser consultado em casos de aparecimentos de manchas brancas na boca. Não é possível fazer raspagem das manchas brancas, porém existem tratamentos cirúrgicos para os casos mais graves.

O objetivo da remoção cirúrgica é prevenir o desenvolvimento de câncer. Porém, sua efetividade não é completa, uma vez que o tumor pode se desenvolver nas áreas ao redor da lesão.

O tratamento da leucoplasia também pode ser realizado por meio de medicamentos, como os retinoides, betacaroteno e bleomicina, e terapia fotodinâmica.

Outras especialidades que podem estar envolvidas no tratamento da leucoplasia são a otorrinolaringologia e a dermatologia.

Entretanto, é sempre importante ressaltar que uma vez que a leucoplasia é causada pela presença da disceratose congênita, o profissional deve ter como principal objetivo o combate da doença inicial.

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