Defeito de Stafne também pode ser nomeado de depressão mandibular da glândula salivar
Visitar o consultório do dentista regularmente é importante para identificar problemas silenciosos, que não apresentam sinais de seu desenvolvimento. O defeito de Stafne é um destes exemplos.
O defeito de Stafne só pode ser identificado através de exames de imagem.
Defeito de Stafne é caracterizado pelo aparecimento de uma cavidade óssea na região da mandíbula.
Na maioria dos casos, o defeito ósseo de Stafne atinge pessoas do sexo masculino, que estejam entre os 50 e os 60 anos. Recebeu esse nome após ser descrita pela primeira vez por Edward Stafne, no ano de 1942.
Características do Defeito de Stafne
O cisto ósseo de Stafne tem como principal característica o desenvolvimento de uma cavidade com aspecto arredondado e bordas radiopacas.
Essa cavidade pode contar com diâmetro variando entre 1 e 3 mm.
Além disso, o defeito ósseo de Stafne se localiza na região posterior da mandíbula, mais exatamente entre a região de molares e ângulo da mandíbula abaixo do canal mandibular e próximo a base da mandíbula.
Em geral, a lesão aparece de forma unilateral. Assim, são raros os casos de síndrome de Stafne em ambos os lados da mandíbula.
Causas do Defeito de Stafne
A causas motivadoras desse cisto ósseo estático ainda é motivo de debate entre muitos pesquisadores.
Alguns acreditam que seu aparecimento está relacionado à questões congênitas, que interferem no desenvolvimento mandibular do feto ainda durante a gestão.
Em contrapartida, também existem indícios que apontam certa pressão imposta pela glândula salivar como a principal causadora.
Um dos indícios é a presença de tecido glandular encontrado em diversas análises.
Dessa maneira, o cisto também pode ser nomeado como depressão mandibular da glândula salivar.
Diagnóstico do Defeito de Stafne
A condição não apresenta sintomas de sua presença na cavidade oral.
Desse modo, seu diagnóstico só é possível através de exames de imagem de rotina, como a radiografia tradicional.
Geralmente, o exame de radiografia panorâmica é o primeiro a identificar a presença do cisto na boca do paciente, mostrando a imagem radiolúcida.
Contudo, outros recursos da imaginologia podem ser utilizados para reforçar e confirmar a existência do defeito ósseo estático que não as radiografias convencionais.
Alguns exemplos são a sialografia (exame radiográfico no qual é utilizada a introdução de meios de contraste no interior dos dutos das glândulas salivares), a tomografia computadorizada e imagem por ressonância magnética.
Caso contrário, o paciente teria que ser submetido à cirurgias exploratórias para que o defeito fosse identificado de forma correta.
Nos exames imaginológicos, o cisto ósseo latente aparece como uma lesão radiolúcida. Isso significa que pode ser identificado através de uma parte escurecida na imagem radiográfica.
Tratamentos do Defeito de Stafne
O tratamento do defeito de Stafne pode acontecer através de intervenções cirúrgicas ou apenas o acompanhamento junto ao cirurgião dentista.
Assim, o profissional poderá realizar os exames radiográficos para promover o monitoramento e possíveis alterações do defeito, evitando a realização de procedimentos cirúrgicos desnecessários.
O defeito de Stafne demonstra a importância da realização periódica de exames regulares. Sem eles, a sua identificação não é possível.