O polissulfeto pertence à classe dos materiais elásticos, possuindo uma ótima flexibilidade
Existem inúmeros materiais de moldagem na odontologia. Eles têm como função reproduzir o modelo da boca do paciente. São utilizados para planejar tratamentos, principalmente os que envolvem a ortodontia. E um desses materiais, que abordaremos nesse artigo, é o polissulfeto.
Os materiais podem ser rígidos ou elásticos. O polissulfeto pertence à classe dos elásticos.
O polissulfeto é elastômero, um polímero que tem propriedades de extensibilidade e de recuperação elástica, suportando grandes deformações antes de se romper. Dentro do conjunto elastomérico, é o elemento menos rígido, ou seja, é muito fácil manipulá-lo.
Sua utilização é requisitada durante o procedimento de manufatura de próteses dentárias, já que tem estabilidade dimensional superior à dos hidrocoloides, um um outro grupo de materiais de moldagem elásticos.
Então, a boa flexibilidade possibilita que o polissulfeto seja removido das áreas retentivas sem esforço, como dos sulcos gengivais e das fissuras dentárias. No entanto, essa condição pode ocasionar em uma adversidade. Por ser bastante dobradiço, o mal manuseio resulta em grande deformação do produto.
Por isso, os dentista precisam conhecer a importância do manejo correto, sobretudo das técnicas de remoção.
Reação de presa do Polissulfeto
O tempo de reação de presa, que é o intervalo que leva para a mistura do material torna-se rígida o suficiente para não sofrer uma deformação definitiva, conquista sua velocidade máxima antes do fim da espatulação. Neste período, uma elasticidade começa a se formar.
Ao fim, é constituído um material com elasticidade e resistência apropriada. Dessa forma, pode ser retirado convenientemente das partes retentivas da cavidade oral.
Reação de polimerização do Polissulfeto
A reação de polimerização é o modo de obter polímeros. Da etimologia, “polímero” significa várias partes. Assim, trata-se de uma junção que sucede em uma cadeia de macromoléculas poliméricas.
E essa ação do polissulfeto é exotérmica, isto é, emite calor, que dependerá da quantidade de material manipulado e da concentração de iniciadores.
A umidade e a temperatura também estão inerentes à situação, pois aceleram a presa da substância.
Reação de condensação do Polissulfeto
A reação de condensação provoca a combinação de duas moléculas para formar uma única, descartando a menor durante o processo. O subproduto concebido nessa reação é a água. Se ela for extraviada, mesmo em pequenas porções, afeta a estabilidade dimensional da moldagem odontológica.
Por esse motivo, é importante que o dentista deixe-a na boca do paciente por um tempo maior que o sugerido, melhorando a estabilidade.
Além disso, pode-se utilizar moldeiras individuais, pois controlam de modo mais eficiente a quantidade, a regularidade e a densidade dos polissulfuretos.
Dicas para trabalhar com o Polissulfeto
Confira algumas recomendações para melhorar a atuação do produto.
- Não use o enxofre como acelerador porque ele causa um odor ruim;
- Não use o dióxido de chumbo como acelerador. Ele dificulta a manipulação;
- Não deixe o produto cair na roupa do paciente. As manchas dificilmente conseguem ser removidas;
- Não deixe entrar em contato com os olhos ou ser engolido.
Tempo de armazenamento do Polissulfeto
Infelizmente, o tempo de armazenamento do polissulfeto é curto. É possível notar uma alteração em sua composição logo nas primeiras horas.