O linfangioma é um problema congênito que pode acometer a cavidade bucal do paciente, principalmente quando bebê
Existe uma infinidade de feridas na boca que se manifestam de maneira semelhante. Entretanto, podem surgir por por diversos motivos distintos. Uma delas é o linfangioma, que abordaremos nesse artigo.
Há uma diversidade de linfangioma, que pode atingir muitas partes do corpo.
Linfangioma é uma lesão hamartomatosa, uma espécie de malformação semelhante a um tumor benigno. Ela está associada ao sistema linfático. Acomete frequentemente a cabeça, o pescoço e a cavidade bucal. São consideradas mais como lesões congênitas do que neoplasias.
Na maioria dos casos, não causam maiores preocupações. No entanto, dependendo da gravidade, podem resultar em obstrução das vias aéreas.
Como dissemos, elas costumeiramente acompanham o paciente desde o nascimento. Em algumas situações, surgem nos bebês por volta dos dois anos. Os adultos dificilmente são atingidos pelo problema.
Sobre os locais acometidos pelo linfangioma
Entre cabeça, pescoço e cavidade oral, o local que apresenta a maior incidência do distúrbio é o pescoço. Dessa forma, passa a ter o nome de linfangioma cavernoso, higroma cervical e higroma cístico.
Quando trata-se do linfangioma oral, é muito comum aparecer na língua, o que decorre em macroglossia, que é o crescimento anormal da língua.
Alguns fatores de risco podem desencadear o problema mais rapidamente, como traumas e infecções.
Em inflamações crônicas, as papilas da língua ficam com um tamanho que remete a pequenos grãos. E na presença de linfangiomas, surgem bolhas claras de coloração azul avermelhado e há sangramento vascular.
Se houver ruptura dos capilares, a cor dos linfangiomas muda para o azul escuro.
O volume da língua não permite que a cavidade oral seja fechada. Por isso, o paciente passa a ter uma produção excessiva de saliva, que denomina-se sialorreia, além de existir ulcerações.
Caso atinja os lábios, origina macroqueilia, que é seu aumento exagerado.
Divisão dos linfangiomas
São divididos em simples, cavernosos e císticos.
- Simples – espaços linfáticos com uma fina parede capilar.
- Cavernos – espaços linfáticos grandes e mais frequente no linfangioma na cavidade bucal.
- Cístico – áreas císticas amplas que podem chegar a ter centímetros de diâmetro, mais constantes no pescoço.
Diagnóstico do linfangioma
Se estiver relacionado com a boca, o dentista terá de diferenciar o linfangioma do carcinoma de células basais e do tumor de glândulas salivares.
Assim, ele verificará a presença de células neoplásicas, que não existem nessa lesão. Na porção cervical, o especialista irá distingui-lo do cisto tireoglosso, da rânula mergulhante e das linfadenopatias.
Para ter um diagnóstico com propriedade, o profissional terá de efetuar a ultrassonografia, que mostrará a relação entre massa sólida e massa cística, e a tomografia computadorizada, que evidencia o tamanho da lesão.
Tratamento do Linfangioma
Os principais tratamentos são:
- Remoção por meio de cirurgia;
- Terapia por radiação;
- Crioterapia;
- Escleroterapia;
- Interferon.
No entanto, o mais utilizado é a intervenção cirúrgica, que em certas ocasiões não pode ser efetuada, pois há a possibilidade do linfangioma envolver as regiões adjacentes. Após o tratamento, o paciente deve continuar fazendo um acompanhamento com o dentista, a fim de verificar se o problema torna-se reincidente.