Ícone do site Simpatio
PACIENTES

Tipos de frenectomia e quando devem ser realizados

Tipos de frenectomia e quando devem ser realizados

Os freios da boca fazem a ligação entre dois tecidos, podendo estar presente nos lábios (ligando o interior do lábio à gengiva) ou na língua (abaixo dela). Quando são curtos ou grandes demais, é indicada a realização de uma frenectomia.

Freios bucais curtos limitam os movimentos da boca e causam problemas fonéticos e na mastigação. Já freios bucais longos demais podem provocar uma separação entre os dentes, causando diastema. Em ambas as situações, a frenectomia é indicada.

Frenectomia é a cirurgia de remoção do freio labial ou lingual. Ela é realizada em casos de freios bucais curtos que gerem complicações para o paciente. A retirada desses freios não ocasiona danos ou perdas de função para a boca.

Este procedimento geralmente é realizado em um ambulatório por um cirurgião-dentista ou um médico especializado.

Para que serve a frenectomia?

Basicamente, existem 4 casos que é indiscutível a necessidade de se remover o freio da boca. São eles:

  1. Isquemia de papila interdentária ou da gengiva livre no momento da tração
  2. Abertura do sulco gengival durante a tração
  3. Proximidade da inserção com a gengiva marginal livre
  4. Limitação do movimento do lábio ou movimento da língua

Tipos de frenectomia

Antes de entendermos mais sobre os tipos de frenectomia existentes, precisamos saber que, em odontologia, existem então dois tipos de freio, sendo eles:

  1. Freios labiais (superior e inferior), estão localizados na linha mediana, sendo visíveis quando levantamos o lábio superior ou baixamos o inferior, e que se estendem desde o interior do lábio até à gengiva vestibular (frontal), tanto no maxilar superior como no inferior;
  2. Freio lingual, está localizado no ventre da língua, ou seja, por baixo da língua e que está também inserido desde a língua até o soalho da boca.

De acordo com o tipo de freio é que iremos então determinar qual será o procedimento de correção realizado em cada caso.

Chamamos de frenectomia lingual, quando há presença de uma secção do freio lingual e, frenectomia labial, para os casos envolvendo os freios labiais.

Na lateral dos freios labiais, podem existir também outras pregas que são mais fibrosas e largas, que são mais conhecidas como bridas. Praticamente, são semelhantes em tudo quando comparadas aos freios.

A única diferença que então entre cada um deles está somente em sua localização e na dimensão em largura, uma vez que essas podem variar de alguns mm a 1cm, já os freios, geralmente não têm mais que 1 a 2 mm.

Complicações das pregas

Por mais que essas pequenas membranas, assim podendo ser chamadas, não tenham tanta chance de apresentar uma inserção que seja baixa e, logo implicar diversas limitações como os freios, têm uma particularidade.

Em alguns casos, elas podem também ser removidas, normalmente isso ocorre quando causam interferências funcionais.

Ainda assim, isso também pode acontecer em uma situação em que estas se tornam inconvenientes para a estabilidade e retenção das próteses.

Por último, outro caso que também é bem comum de acontecer, é elas interferirem diretamente na correção ortodôntica dos dentes do paciente.

Existe então uma cirurgia que corrige esses problemas, conhecida como cirurgia de desinserção e eliminação do tecido fibroso das bridas.

É importante saber que ela também segue um protocolo exatamente igual ao usado para remover o freio labial. Porém, neste caso, o procedimento é apenas designado da bridectomia, devido a sua denominação diferente.

Cirurgia a laser de frenectomia

frenectomia a laser é, sem a menor dúvida, um procedimento com grandes vantagens relacionadas a sua utilização. Algumas das principais que podemos observar são:

Utilizar um laser é um caminho com diversas opções e, sua utilização está ficando cada vez mais popular não somente na odontologia mas, em diversas áreas médicas.

Tipos de laser

São muitos os tipos de laser disponíveis no mercado que, de acordo com suas características como o comprimento de onda, a potência, sua forma de emissão e muitas outras, interagem de uma maneira diferenciada com os tecidos.

Dessa forma, a maior afinidade que se pode observar está principalmente entre o laser de CO2 e os tecidos que possuem altas concentrações de água.

Já o laser de Argônio, por exemplo, assim como o Nd:YAH, têm maiores preferências por tecidos que são então mais vascularizados e também necróticos.

Outra informação importante sobre ele e também uma vantagem é que, apresenta um ótimo foco, traz uma maior profundidade e um menor diâmetro de ação.

Assim, consegue promover então a função de corte muito parecida com o trabalho que é feito por meio do uso de uma lâmina de bisturi.

Porém, a diferença neste caso é está nas características do emprego do laser, tanto como esterilização quanto como uso para coagulações instantâneas.

No caso em que é desfocado, ele acaba atingindo então somente as camadas superficiais dos tecidos e abrangendo uma área de superfície maior.

Esse processo leva a uma ablação ou ainda, vaporização, dos tecidos, o que é muito utilizado quando se é necessário remover lesões brancas como as:

  1. Leucoplasia
  2. Hiperqueratoses
  3. Remoção da cárie dental

Falando mais especificamente sobre a frenectomia, neste caso, o mais recomendado é que se use um laser desfocado, como é o caso do Nd:YAP.

Além disso, este é também um dos mais indicados para as práticas na área da clínica geral em odontologia.

Ele possui três diferentes funções préprogramadas, para uso em cirurgia, endodontia e dentística, além de duas fibras ópticas com diferentes diâmetros.

É também excelente quando falamos sobre seu altíssimo poder de coagulação, o que permite que seja realizada a remoção do freio sem riscos de haver sangramento, mesmo que esta seja realizada envolvendo pequenos vasos sanguíneos.

Isso significa que não é necessária a sutura dos tecidos, o que torna o procedimento cirúrgico mais rápido e prático.

É recomendada então tanto a frenectomia lingual em bebês, quanto para os adultos.

Para que serve o freio labial?

Entender para que serve um freio labial, envolve conhecer sua história e saber exatamente o que ele é. É isso que explicaremos nesta parte do artigo.

Primeiramente, os freios labiais são pregas sagitais presentes na mucosa alveolar e que têm a fórmula de uma lâmina de faca, ficam inseridas, de um lado a parte interna do lábio e, do outro, a gengiva da linha mediana dos maxilares, entre os incisivos centrais.

Assim como qualquer outra estrutura anatômica, um freio labial está sujeito a sofrer algumas variações em sua forma, tamanho e também posição.

Isso pode ocorrer tanto entre os indivíduos, quanto no mesmo indivíduo, porém, em idades diferentes.

Existem ainda casos em que esses freios são bem amplos e resistentes, porém, outros são mais finos e também muito mais frágeis.

Existem fatores, inclusive, que dizem que os freios têm uma pré-disposição para ocasionar uma doença periodontal.

Constituição do freio

De acordo com a sua constituição histológica, o freio consegue se adaptar a qualquer um dos movimentos que podem ser realizados pelos lábios sem que sofram grandes alterações em sua forma.

Dessa forma, a função dos freios seria a de limitar esses movimentos, possibilitando que haja uma maior estabilização na linha média do lábio.

Esse é um feito importantíssimo pois, com isso, é possível impedir que a mucosa gengival seja excessivamente exposta.

No caso dos recém-nascidos, alguns estudiosos disseram que sua função é ainda maior, uma vez que auxilia no trabalho de realizar a sucção do músculo orbicular da boca.

Além disso, outros profissionais e pesquisadores dizem que, histologicamente, o freio é constituído por três principais planos:

  1. Epitélio estratificado pavimentoso orto ou paraqueratinizado
  2. Tecido conjuntivo denso e frouxo
  3. Submucosa contendo glândulas mucosas e vasos linfáticos.

Porém, ainda há algumas controvérsia quando falamos com relação à sua constituição histológica no que envolve à presença de fibras musculares esqueléticas ou não.

No geral, ele está inserido a alguns milímetros da margem gengival e, o ideal é que essa separação seja feita por meio da gengiva inserida.

Porém, não é em todos os casos que esse relacionamento ocorre bem. Uma inserção próxima à borda gengival livre na gengiva papilar é consideravelmente comum.

O freio labial superior se destaca e recebe sempre uma maior atenção pelo simples fato de estar entre os causadores do diastema entre os incisivos centrais superiores.

Isso ocorre da mesma forma com que o freio labial inferior consegue provocar uma retração gengival nos incisivos inferiores, seja de forma direta ou ainda indireta.

Além de todas essas alterações que já citamos aqui, o frio dos lábios ainda continua sendo o responsável por restringir os movimentos labiais.

Dessa forma, isso pode causar um aspecto físico não muito agradável para o paciente, uma vez que afeta inclusive os sons, impedindo que a pronuncia seja dita de forma correta.

Essa é a tão famosa língua presa, que faz com que a criança acabe adquirindo alguns hábitos viciosos, principalmente pelo fato de que interfere na escovação dos dentes devido a complicação para posicionar a escova.

O problema não é só esse com a movimentação da escova de dentes. Ele também provoca a movimentação da gengiva marginal enquanto o lábio se move.

Quem faz a cirurgia de frenectomia?

Normalmente, devido a seus baixos riscos, dificuldades e gravidades, esse procedimento é realizado em um consultório apropriado de laboratório e acompanhado por um  médico ou cirurgião dentista.

Como é feita a cirurgia?

Assim como já explicamos anteriormente ao decorrer deste artigo, são dois os tipos de cirurgia de frenectomia. Por isso, separamos cada um deles para que você possa entender exatamente como ocorre o procedimento em cada.

Cirurgia de frenctomia lingual

A cirurgia de frenectomia lingual é muito simples e feita sob anestesia local, o que impede que o paciente sinta dor. Atualmente, ela pode ser realizada por meio de duas técnicas diferentes.

Existe uma técnica de cirurgia convencional. Nela, o freio lingual é então seccionado com a ajuda de um bisturi e,  logo em seguida, suturado com pontos que são reabsorvíveis ou convencionais, sendo removidos de 7 a 10 dias.

Já na cirurgia com uso de um bisturi elétrico, esse é o instrumento que é utilizado para realizar então o corte no freio da língua.

Com ele, o tempo de cirurgia acaba sendo reduzido pois, além de cortar, ele próprio já promove uma coagulação do sangue e também a cauterização imediata do local que sofreu o corte.

Logo, a recuperação do paciente também é mais rápida, uma vez que diminui assim a chance de ocorrência de um edema no local.

Cirurgia de frenectomia labial

A palavra cirurgia pode ser um pouco assustadora, não é mesmo? Porém, não se preocupe pois, neste caso, é importante informarmos que se trata de uma intervenção cirúrgica simples, rápido e realizada no próprio consultório.

Além do grande benefício de ser feita dentro da clínica odontológica, o procedimento ainda necessita apenas de uma anestesia local.

Normalmente, o freio labial superior, quando não apresenta nenhum problema, tem um aspecto de estrutura fina que se localiza entre os incisivos centrais, ficando a alguns milímetros acima da coroa clínica.

Dessa forma, é também formado por um tecido muito vascularizado. Por isso, é bastante comum que, no momento de sua remoção, haja um sangramento.

Mas não há nada para se preocupar, uma vez que é algo normal devido a essa característica do tecido.

É importante lembrar que, é o freio que limita que algum movimento do lábio superior ultrapasse a região original, causando assim uma separação dos dentes, conhecido como diastema.

Além disso, em muitos casos é possível observar também certas alterações na fonação. É por isso que ele precisa ser urgentemente removido, a fim de evitar que prejuízos maiores para estética e para o movimento oral do paciente aconteçam.

Ainda assim, todas as vezes em que um paciente procura pelo profissional da Odontologia crente que tem algum tipo de anomalia na região, é preciso que o profissional faça uma análise aprofundada.

Isso irá garantir então que de fato existe uma indicação para que o procedimento seja mesmo realizado, ou não, é apenas algum incômodo.

A indicação cirúrgica da frenectomia labial superior exige que seja feito um exame clínico detalhado, juntamente com a uma análise radiográfica, a fim de avaliar então o tecido ósseo de suporte dos dentes incisivos.

O mesmo ocorre para a frenectomia labial inferior. Isso irá permitir que um diagnóstico certeiro e cuidadoso seja gerado. No geral, a cirurgia é necessária nos seguintes casos:

Existe idade certa para fazer a cirurgia?

Nem todo e qualquer paciente tem uma indicação para realizar esse tratamento. Porém, caso não haja outra saída e a cirurgia seja mesmo necessária, há então uma idade certa.

A maioria dos cirurgiões-dentistas diz então que, quanto menor for a criança, mais rápida será sua capacidade de recuperação. Pelo simples fato de que, nessa fase da fase, a cirurgia sera praticamente sem nenhuma dor.

Já outros dizem que, o mais ideal, é que o procedimento seja realizado apenas após a erupção dos seis dentes anteriores maxilares e se o desenvolvimento ósseo alveolar vertical for normal.

Cada caso é um caso e não se pode generalizar, por isso, a qualquer dúvida, pergunte ao seu cirurgião-dentista, ele poderá confirmar com propriedade o mais recomendado, inclusive na área da odontopediatria, se for o caso.

Quanto custa uma cirurgia de frenectomia?

Além de todas as boas notícias que já trouxemos sobre o procedimento, vale a pena destacar que, o preço de uma frenectomia labial superior é baixo.

Ele irá então variar de acordo com o quão complexo for cada caso, com o tamanho do freio e também conforme será a escolha pelo método.

Então, apenas o cirurgião-dentista pode avaliar com precisão o valor da frenectomia e de custo do procedimento e informar quanto ficou o tratamento com todos detalhes focados para você.

Cuidados após a cirurgia de frenectomia

Realizada a cirurgia, não é necessário repouso absoluto por parte do paciente. Mesmo assim, alguns cuidados precisam ser tomados para facilitar os processos de recuperação e cicatrização.

Entre eles, estão:

Os riscos de complicações após feita essa cirurgia são pequenos, mas não inexistentes. Sangramentos excessivos, inflamações e dores podem ser consequências de uma cirurgia de frenectomia lingual ou frenectomia labial.

O prazo que o paciente deverá ficar de repouso varia muito de pessoa para pessoa, de sua idade e também da imunidade da técnica realizada.

Normalmente, o que é mais comum de acontecer é que o paciente precise de 1 a 1 dias de completo descanso, sem fazer nenhuma força.

Utilizar computadores, celulares e afins, não são um problema, por isso não estão permitidos. Entretanto, cuidado com os esforços físicos. Maiores esforços são recomendados somente após os pontos terem sido removidos.

A frenectomia também pode ser realizada por motivos estritamente estéticos, uma vez que diversas pessoas se incomodam com a presença do diastema ou com a famosa “língua presa” ocasionada pelo freio curto.

O que é frenotomia?

A frenotomia é um procedimento simples. Ela se diferencia da frenectomia pois o corte é apenas parcial e não ocorre a remoção do freio lingual completa.

Apesar de poder ser feita em pessoas de todas as idades, é mais comum que seja realizada ainda nos primeiros meses de vida.

Dessa forma, a cirurgia é indicada em casos de anquiloglossia. Essa anomalia, que afeta o desenvolvimento da língua, é caracterizada pela presença do freio lingual curto na boca do bebê.

É normal então que a condição se resolva de maneira espontânea, de acordo com o crescimento da pessoa e o alongamento da língua.

Contudo, o freio lingual curto pode atrapalhar e até impedir uma amamentação e alimentação adequada. São nesses casos que a realização de uma cirurgia de frenotomia é essencial.

Diferença entre frenectomia e frenotomia

Com base no que já explicamos anteriormente, a frenotomia é então apenas um corte feito exatamente no freio lingual com a ajuda de uma tesoura.

Enquanto que a frenectomia envolve a remoção de parte do freio lingual, ou seja, é um procedimento mais trabalho que leva sempre em conta a execução das funções de sucção, deglutição e fonação.

Essa é a principal diferença entre os dois tipos de procedimento, tanto a frenotomia quanto a frenectomia. O ideal é que, caso haja preferência de sua parte, converse com seu cirurgião-dentista, verificando se o procedimento escolhido por você é adequado e trará o resultado tão esperado.

Sair da versão mobile